Haiti paralisa a construção do canal de desvio do Rio Masacre

Após o assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moise, a construção de um canal de irrigação em Pierré, entre Fort Liberté e Ouanaminthe, próximo à fronteira com a República Dominicana, foi paralisada imediatamente e segue assim.

O objetivo do projeto era canalizar o rio Masacre, que separa a República Dominicana do Haiti ao norte e, conseqüentemente, desviá-lo para controlar suas águas.

A suspensão da obra desagradou aos produtores haitianos e, por sua vez, alivia os dominicanos que se dedicam ao cultivo do arroz e à pecuária nas comunidades de Sanché, La Vigía, Los Cocos e outras.

Obras tiveram início em abril

A obra começou em abril deste ano e provocou protestos de produtores e dominicanos fora da atividade agrícola.

A este respeito, Ramón Pichardo, presidente da Associação dos Produtores Agrícolas de Sanché e La Vigía, comunidades vizinhas de Perrié, declarou que a construção foi paralisada após o assassinato do Presidente Moise.

O projeto

O Haiti começou a construir um canal subterrâneo e um canal aberto, sem consultar as autoridades dominicanas, o que preocupou ecologistas, produtores e outros, que acham que poderia desaparecer o canal da parte dominicana.

Segundo produtores dominicanos e haitianos, por trás do projeto estavam o presidente assassinado, Jovenel Moise, que era produtor de banana no norte daquele país, e o ex-senador haitiano Jean Kitó e outros setores do poder do país vizinho.

O assessor da Associação dos Produtores Agrícolas de Perrié, Fort Liberté, próximo à baía de Sanché e Manzanillo, Nonty Jean, pediu às autoridades dominicanas que não suspendam o abastecimento de água pela tubulação para poder continuar produzindo os produtos agrícolas de que necessita. muitas pessoas do seu país.

Assessor disse ainda que a agricultura e a pecuária, assim como a água para consumo humano nessas regiões e lugares, dependem do sistema dominicano e que os Bayaha, Loisau, Haut, Madeleine, do Forte Liberté, consomem água, lavam e cozinham pela solidariedade dominicana.

O representante dos pequenos agricultores de Perrié lamentou que uma obra tão importante esteja paralisada, estimando que além de molhar os terrenos agrícolas levaria água potável às comunidades que sofrem com isso.