GUPC não pára obras mas mantém ultimato para "qualquer momento"
20 January 2014
O consórcio Grupo Unidos por el Canal (GUPC) finalmente não suspenderá as obras de construção de três novas eclusas no Canal do Panamá, como havia prometido em forma de ultimato cujo prazo era esta segunda-feira 20 de janeiro, caso não recebesse um pagamento extra de US$ 1,6 bilhão de parte da Autoridade do Canal.
Em comunicado com data de domingo 19, a empreiteira espanhola Sacyr, que com a italiana Salini Impregilo e duas companhias mais, forma o consórcio, afirma que “O Grupo Unidos por el Canal não tem porque realizar amanhã (segunda) nenhuma mudança no status da obra, já que o pré-aviso enviado no dia 30 de dezembro dá direito ao consórcio suspender as obras a qualquer momento a partir do dia 21, sem que nesse momento esse cenário esteja contemplado”.
Assim, apesar da continuidade dos trabalhos, a ameaça de suspensão continua valendo. A novidade nas difíceis negociações deste impasse é que agora a Comissão Europeia foi chamada a intervir.
O ministro de Assuntos Exteriores da Espanha, José Manuel García-Margallo, disse que a Comissão Europeia pode aportar financeiramente para dar seguimento às obras do canal.
“O que a Comissão Europeia está tentando é buscar uma fórmula, uma solução financeira para que as empresas resolvam esse problema de liquidez imediato em que estão imersas e a obra possa continuar no ritmo previsto”, disse ele.
Ele não especificou mais detalhes sobre a possibilidade de financiamento europeu às obras no Panamá. Mas o ministro rechaçou a possibilidade de que a CE faça a mediação do conflito. Segundo ele, as instâncias de arbitragem internacional previstas no contrato continuam sendo as únicas válidas para resolver a crise.