Grandes construtoras perderam 85% em três anos
By Fausto Oliveira03 July 2019
Levantamento feito por jornal dá o tamanho do efeito da Lava Jato sobre o setor de construção pesada.
A receita líquida total das grandes construtoras brasileiras despencou severamente, nada menos do que 85%, em apenas três anos. Tudo como resultado da operação Lava Jato e suas restrições judiciais à contratação pública.
De acordo com o jornal Valor Econômico, a receita somada das principais empresas do ramo no país em 2015 havia sido de R$ 71 bilhões. Em 2018, este mesmo número caiu para R$ 10,6 bilhões. Entre as empresas objeto do levantamento, estão a Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Galvão engenharia, UTC e Constran.
A queda poderia ser ainda pior se a OAS tivesse divulgado balanço em 2018, o que não fez. Certamente, a empresa teve perdas no mínimo similares em termos de volume de negócios.
A paralisia da construção pesada no Brasil levou à destruição de cerca de 1 milhão de empregos no setor. Considerando-se que a perda total de empregos com a crise no país foi de cerca de 2,6 milhões, a construção representou em torno de 40% da redução total de postos de trabalho.
As grandes construtoras brasileiras sempre foram as responsáveis por firmar os mais significativos contratos com o governo, dado que eram as únicas capazes de realizar obras da magnitude de uma hidroelétrica ou um sistema de metrô, entre outras similares. Mas quando obtinham estes contratos, mobilizavam uma importante cadeia de empresas subcontratadas, que se responsabilizavam por etapas definidas de cada obra.
Com seu impedimento legal, toda a cadeia se viu afetada, e o resultado foi a paralisia que hoje se verifica na infraestrutura em todo o país.
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