Governo retoma Minha Casa Minha Vida
12 September 2019
O programa Minha Casa Minha Vida aos poucos volta a funcionar. Esta semana, o governo federal anunciou um aporte de R$ 100 milhões para a faixa 1 do programa, que atende famílias com até R$ 1,8 mil de renda mensal.
As faixas 1,5 e 2 receberam autorização para captar financiamentos, mas sem uso de orçamento público, o que certamente levará a que recursos do FGTS sejam usados para financiar os pagamentos a estas faixas. Provavelmente, os novos recursos não signifiquem novas obras, e sim o pagamento de recebíveis atrasados às construtoras que já executaram serviços.
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) vem colocando muita pressão sobre o governo federal para que não atrase mais os pagamentos às construtoras que se envolvem com o programa.
“Imaginamos que os pagamentos devem ficar atrasados de 15 a 20 dias, mas a maior preocupação é que de hoje para frente, até o fim de outubro, não há expectativa de novos recebimentos”, diz o presidente da CBIC, José Carlos Martins.
Desde quando começou em 2009, o Minha Casa Minha Vida tem sido um fator importante de dinamismo para o setor de construção nacional, mas a crise econômica o atingiu muito forte.
Crescimento
Os últimos números da construção no Brasil continuam mostrando uma tímida recuperação. O PIB da construção no segundo trimestre do ano cresceu 1,9% em relação ao trimestre anterior, e 2% em relação ao mesmo período do ano passado. Mas o acumulado do primeiro semestre continua mostrando queda de 0,1% na comparação interanual.
O setor de obras imobiliárias é o que vem dando algum alento à indústria de construção do país. Além da reativação do Minha Casa Minha Vida, a queda consistente da taxa Selic explica a retomada da construção de edifícios residenciais nas principais cidades do país.