Governo rejeita plano de apoio à construção
12 May 2015
Um plano para injetar cerca de R$ 40 bilhões no setor imobiliário brasileiro mediante liberação do depósito compulsório da poupança, que poderia contribuir para reativar a construção no Brasil, foi rejeitado pelas autoridades econômicas do governo.
O plano previa a liberação deste valor, que é parte da retenção compulsória legal dos bancos privados incidente sobre a caderneta de poupança, em forma de créditos imobiliários. Com o retorno desse capital ao mercado, as vendas de imóveis em construção poderiam subir novamente, e os preços poderiam ser mantidos.
Mas a medida foi considerada inadequada pelo Ministério da Fazenda e pelo próprio Banco Central. Ambas autoridades afirmaram que o plano vai de encontro com o esforço fiscal de ajuste implementado pelo governo, que pretende reequilibrar as contas públicas.
O endividamento público e a consequente inflação, somados às crises de eletricidade e de provimento de água, levaram a uma expectativa de recessão de até 1% do PIB brasileiro em 2015.