Governo mexicano empenhado em reativar a economia

A Câmara Mexicana da Indústria da Construção reuniu-se com Tatiana Clouthier, chefe do Ministério da Economia do Governo Federal do México, para apresentar-lhe quatro propostas para reativar a economia do país.

As autoridades governamentais se reuniram com representantes da CMIC. (Foto: CMIC)

Segundo o presidente do CMIC, Francisco Solares, o primeiro deles tem a ver com a necessidade de estabelecer “maiores investimentos em infra-estrutura”. O líder disse que é necessário aumentar os orçamentos de infra-estrutura pública e melhorar sua distribuição geográfica, para que os recursos sejam aplicados de forma eqüitativa. Além disso, o investimento privado deve ser incentivado e a confiança dos investidores deve ser estimulada. “É necessário aumentar a participação privada em projetos públicos, bem como simplificar as questões regulamentares, a fim de reduzir os procedimentos e os atrasos na emissão de licenças”, disse ele.

A segunda proposta da organização está relacionada à criação de mais capital de giro para as empresas do setor com uma reforma da Lei de Obras Públicas e Serviços Relacionados, que estabelece que o pagamento antecipado em obras deve ser obrigatório, além de garantir o pagamento pontual e oportuno nos contratos com a Administração Pública Federal. Neste sentido, Solares também ressaltou que o financiamento deveria ser permitido para empresas com a concepção de produtos bancários inovadores e com esquemas que permitam o factoring em melhores condições.

A terceira proposta está relacionada com a interpretação do Ministério do Trabalho e Previdência Social sobre as Reformas Trabalhistas no que diz respeito à subcontratação e registro no Registro de Prestadores de Serviços Especializados e Obras Especializadas (REPSE). O executivo explicou que no setor de construção não há subcontratação de pessoal, “trabalhamos com uma prestação de serviços ou esquema comercial onde uma empresa contrata outra e o trabalho é feito fora da obra, mas isso não significa que os trabalhadores da empresa sejam disponibilizados para uma segunda pessoa”.

Finalmente, a quarta proposta refere-se ao planejamento e à necessidade de fortalecer a construção da infra-estrutura para que ela tenha um horizonte de longo prazo, indo além dos mandatos de seis anos da presidência.