FMI prevê baixo crescimento para América Latina
06 April 2015
Em entevista ao jornal chileno El Mercurio, o economista mexicano Alejandro Werner, diretor do departamento de Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou que a América Latina vai ter em 2015 a taxa de crescimento mais baixa dos últimos 15 anos.
“A contínua desaceleração da economia chinesa, a queda nos preços do petróleo e a continuação da debilidade nos preços das commodities fazem com que na América Latina nós esperemos um crescimento bastante baixo. Em janeiro esperávamos um crescimento de 1,3%. Com as notícias que vieram do Brasil e as últimas do México, o crescimento vai estar um pouco mais baixo do que o projetado”, disse ele.
Segundo o especialista, em termos gerais o cenário tem sido plano. “É o que estamos vendo desde o ano passado. O Brasil não cresceu, a Venezuela teve uma contração. A Argentina esteve com crescimento muito baixo. Também houve desaceleração muito importante no Chile e no Peru. Não obstante, em 2015 os países mais vinculados com minérios metálicos começam a exibir recuperações lentas, enquanto aqueles mais vinculados ao petróleo começarão a sentir um cenário de preços muito baixos, e isso faz com que tenhamos um entorno de crescimento muito baixo. Para os países deveriam se beneficiar com a retomada dos Estados Unidos, vemos acelerações, mas que não chegam a compensar o que se passa no Cone Sul”, afirmou.
Com relação ao Brasil, Werner explica que o para 2015 muito analistas preveem um crescimento negativo. Da parte do FMI, embora não haja previsões oficiais ainda, diz-se que há consenso de que o Brasil vai diminuir este ano.