FMI espera contração na América Latina em 2015
05 November 2015
Em estudo recente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) concluiu que 2015 está sendo o de pior desempenho econômico em mais de trinta anos (excetuando-se a crise mundial de 2009) para a América Latina, o que se deve principalmente à queda no preço das commodities e à desaceleração da atividade na China.
Nesse contexto, espera-se uma leve contração do PIB regional real (-0,25%), que deverá ser seguida de uma leve melhora em 2016. Obviamente, esta perspectiva não se aplica a cada país em particular. O grupo composto, por exemplo, por Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai mostra grandes diferenças.
No caso do Brasil, a previsão é de cair 3% este ano e nova contração de até 2% em 2016. A Venezuela, depois de uma queda de mais de 20% do PIB, prevê também um aumento do déficit fiscal devido a políticas macroeconômicas insustentáveis. Na Argentina, a inflação continua elevada, devido à monetização do déficit fiscal. No Chile, projeta-se que o crescimento será de 2,5%, refletindo em grande medida o estímulo fiscal.
Espera-se que a economia do Peru cresça e chegue a aproximadamente 3,25% em 2016, graças a uma retomada do setor de mineração, mas ainda com razoável incerteza devido ao impacto maior que o previsto do fenômeno climático El Niño. Para a economia da Colômbia, projeta-se um crescimento de cerca de 2,5%. Da mesma forma, espera-se que os problemas no Brasil e na Argentina afetem o Uruguai, que deve desacelerar 2,25% em 2016.
A recuperação econômica dos Estados Unidos deverá apoiar o crescimento econômico no México, por exemplo, onde espera-se expansão de 2,75% em 2016.
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