Ferrovia Oeste Leste tem obra paralizada e construtoras não querem terminá-la

14 January 2014

Brazil´s FIOL railroad works

Brazil´s FIOL railroad works

As obras da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol) estão paralisadas por falta de interesse de construtoras em dar seguimento a elas depois que a empreiteira original teve que deixar o projeto.

A construção agora paralisada compreende 125 quilômetros de ferrovias, o que corresponde ao trecho 1 da Fiol, que conectaria os municípios de Ipiaú, Itabuna e Ilhéus. No total, o projeto da Fiol somaria 1.022 quilômetros de extensão.

Há três anos, a estatal Valec licitou a Fiol, e saíram vencedoras as construtoras Delta e SPA. Em 2012, a Delta se viu envolvida em um escândalo de corrupção com dinheiro público, o que obrigou a SPA a realizar o projeto sozinha.

Mas a SPA não teve condições financeiras de suportar os custos do trabalho, e logo se afogou em dívidas e calotes. Após comunicar à Valec sua situação, deixou o projeto. Pelas regras do contrato, a Valec teria que oferecer o contrato às empresas que ficaram em segundo e terceiro na licitação.

Aí veio a surpresa: as construtoras Andrade Gutiérrez e Camargo Correa não quiseram assumir o contrato de US$ 244 milhões. Técnicos em construção ferroviária ouvidos pela imprensa nacional disseram que os custos adicionais devidos a mudanças no projeto original, além de dificuldades relacionadas ao tema ambiental, tornaram a Fiol um projeto de maus retornos financeiros.

Enquanto isso, nos municípios baianos por onde a Fiol passaria, muitas pequenas empresas provedoras de insumos e pequenos equipamentos para a obra reclamam que a SPA as deixou sem pagamento por materiais e serviços. E ameaçam até mesmo de realizar atos de violência contra as partes da obra que chegaram a iniciar.

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Cristian Peters
Cristián Peters Editor Tel: +56 977987493 E-mail: cristiá[email protected]
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