Em ritmo menor, indústria de materiais continua em queda

A indústria brasileira de materiais e insumos de construção continua em queda, de acordo com a associação que representa as empresas do setor, a Abramat. O resultado do setor em agosto, divulgado pela associação, foi negativo em 2,9% em relação a agosto de 2016. Mas segundo o estudo, o ritmo de decrescimento está mais lento, o que pode indicar uma tendência positiva no futuro.

O resultado acumulado do setor – que inclui materiais de base como cimento, ferros e agregados, e de acabamento como tintas e revestimentos – está negativo em 6,1% do início do ano para cá, comparando-se ao mesmo período do ano anterior.

O acumulado dos 12 meses terminando em agosto mostra queda de 7,8% em relação ao acumulado dos 12 meses anteriores.

Em meio a tantos números negativos, não deixa de ser um alento que o faturamento setorial em agosto tenha crescido em comparação com julho, em 6,2%. Para o presidente da Abramat, Walter Cover, o setor caminha na direção de um resultado negativo em entre 5% e 6% este ano.

“A queda de vendas de materiais de base é um pouco maior do que a dos materiais de acabamento refletindo a redução das obras de infraestrutura e novas edificações. Muito por conta do desemprego, que faz com que as famílias posterguem decisões que envolvem compromissos financeiros de longa duração”, diz o executivo.