Elevando os padrões

16 May 2014

Mills

Mills

As plataformas de trabalho aéreo conquistaram o mercado brasileiro. Não se trata de um exagero retórico, é a evidente conclusão a que se chega observando os números. Entre 2007 e 2013, calcula-se que esse mercado tenha crescido a uma taxa média anual de 35%. Enquanto o ano de 2012 fechou com pouco mais de 20 mil plataformas no país, durante 2013 se importaram cerca de 8,5 mil novos equipamentos, ou seja, um crescimento de 37%. E a expectativa é que o vigor desse mercado se mantenha ainda por muito tempo.

O crescimento exponencial do setor não é espontâneo. Atrás do boom das plataformas de acesso no Brasil, estão empresas que estão conseguindo mudar uma antiga cultura de improviso no trabalho e promover um melhor padrão de segurança e produtividade. Uma delas é a Mills, empresa que presta serviços de engenharia e que tem uma divisão de locação dedicada especialmente a importar, locar e vender plataformas de acesso e manipuladores telescópicos, tarefa que vem realizando com indubitável sucesso desde o ano de 2008.

O segredo parece estar na oportunidade. A princípios do século, o Brasil ainda não conhecia massivamente as plataformas de trabalho aéreo. A construção e demais serviços em altura faziam uso generalizado de andaimes e escadas, o que provocava habituais acidentes e situações de insegurança. Como era de se esperar, a introdução de um equipamento que garante mais segurança e também economiza tempo de trabalho graças a suas características de mobilidade e automatização, causou rebuliço no Brasil. E é por isso que a empresa aposta neles com tanta força. Para Sérgio Kariya, diretor da Mills Rental, isso está claro: “Acreditamos no negócio, e ao longo dos últimos anos fizemos um investimento muito agressivo. Para 2014, nosso investimento na Rental será de US$ 71 milhões”, afirma.

Não por acaso, no último ranking IRN100 publicado pela revista irmã da Construção Latino-Americana International Rental News, a Mills Rental ocupou o 44º lugar entre as maiores empresas de locação no mundo, constituindo-se também na maior do setor na América Latina. O faturamento da unidade Rental em 2013 confirma: pouco mais de US$ 151 milhões líquidos, nada menos do que 41% de ganho em relação ao ano anterior.

Portfólio

Sérgio Kariya diz que a empresa tem como política não revelar o número de plataformas que tem em seu portfólio. Mas acredita que a Mills tenha 25% do mercado no Brasil. A empresa importa plataformas das marcas Genie (da Terex), JLG e Skyjack.

O executivo explica que, nestes poucos anos, já se nota uma mudança no comportamento do mercado. Entre 2008 e 2012, a preferência nacional era claramente por plataformas de lança, enquanto em 2013 se percebeu mais demanda pelas plataformas de tesoura elétricas. Dos 8,5 mil equipamentos importados pelo Brasil no ano passado, mais da metade era de plataformas tesoura, o que segundo Sérgio Kariya demonstra um amadurecimento do mercado nacional. “As tesouras estão crescendo porque a cultura de uso de plataformas está entrando em mercados que não são apenas a construção civil. Logística, manutenção industrial, pintura, limpeza de vidros e assim por diante”, diz ele.

Isso demonstra que um dos objetivos da Mills Rental vem sendo alcançado pouco a pouco no mercado: difundir o ganho de segurança e eficiência que é intrínseco ao uso de plataformas de trabalho aéreo. Em outras palavras, trata-se de desenvolver uma nova cultura. “O papel da companhia é quebrar os paradigmas da indústria e criar necessidade nos clientes. Damos muitas palestras com entidades formadoras de opinião, envolvemos técnicos de segurança do trabalho e prestadoras de serviço. Para que eles entendam que esse é o produto que vai lhes trazer produtividade, velocidade e segurança no trabalho em altura. Isso ajuda a alavancar o mercado em geral”, afirma Sergio Kariya.

IPAF

A intensa e produtiva associação da Mills com a Federação Internacional do Acesso Motorizado (IPAF, na sigla em inglês), que é a entidade que reúne e representa a indústria das plataformas aéreas no mundo, faz toda a diferença no trabalho de difusão do novo conceito. Desde 2010 que os representantes da IPAF expressavam seu interesse em realizar capacitação de operadores e difusão do conceito no mercado da América Latina e no Brasil em particular. Por sua vez, a Mills precisava de um ator neutro e ao mesmo tempo representativo na indústria do acesso para fomentar a cultura das plataformas aéreas.

Pouco mais de três anos depois, a relação continua e se intensifica. Uma rotina de treinamentos nas 28 filiais da Mills em todo o país começou em 2011 e não parou jamais. A ideia é promover a plataforma como meio seguro para chegar ao objetivo fundamental do cliente: que seu serviço de construção, solda, limpeza, instalação elétrica ou outro qualquer se faça da maneira mais segura possível e em menor tempo.

“É um motivo de orgulho para nós que 73,5% dos treinamentos IPAF realizados no Brasil entre os anos 2011 e 2013 tenham sido feitos pela Mills. A gente quer aumentar esse número e fincar bandeira junto ao IPAF”, diz Sérgio.

É claro que ainda há muito trabalho pela frente para que este tipo de equipamento, que continua sendo novidade na maior parte do país, possa ser utilizado de maneira correta e ampla. Uma das iniciativas da Mills no campo da promoção é oferecer o treinamento IPAF não só aos operadores de plataformas, mas também a seus chefes. Muitos gestores, técnicos de segurança no trabalho e líderes corporativos não estão familiarizados com o equipamento. Isso pode significar, no serviço diário do operador, que sua capacitação seja menos efetiva por incompreensão da liderança.

Com todos esses antecedentes e o esforço na promoção das plataformas aéreas, não deve ser surpresa a notícia de que a Mills, uma vez mais, ganhou um prêmio IAPA, o mais importante da indústria do acesso mundial, conferido em abril pela IPAF e as revistas Access International e American Lift & Handlers. Esse ano a empresa venceu na categoria “Centro de Treinamento IPAF do Ano”. Foi seu terceiro ano consecutivo indicada aos IAPA, mas não seu primeiro triunfo. Em 2012, levou para casa o prêmio de “Melhor Empresa de Acesso do Ano”.

Merecidos prêmios! Mas definitivamente, a recompensa mais importante para a companhia será o reconhecimento de haver contribuído para melhorar os padrões de trabalho de todo um país. Nesses momentos em que o Brasil vê tantos investimentos em todo tipo de obras, tornar-se uma referência de segurança e produtividade não é nada efêmero nem pontual, é conquista definitiva.

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