Crise climática: desafios para a gestão ambiental

Escrito por Sandra Toro, chefe do Departamento de Estudos e Licenciamento Ambiental da Arcadis

Sandra Toro Arcadis Sandra Toro. (Foto: Arcadis)

O recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), de março de 2023, adverte que o aumento da temperatura global está ocorrendo rapidamente: “O mundo já aqueceu +1,2°C desde os tempos pré-industriais e provavelmente chegaremos a +1,5°C até 2030-2035”, mas ainda é tempo de mudar de rumo. O apelo é para uma ação imediata, pois cada ação terá um impacto na mitigação da ameaça que a humanidade enfrenta.

O desafio de consolidar as atividades produtivas que contribuem para o nosso desenvolvimento e, ao mesmo tempo, reduzir nossa pegada de carbono é uma tarefa que exige ações imediatas e ambiciosas em toda a cadeia de valor. O aquecimento global e sua ameaça ao nosso modo de vida, à biodiversidade e aos recursos vitais, como a água, exigem que forneçamos soluções holísticas e abordemos o problema de forma abrangente.

A gestão ambiental deve buscar corrigir as externalidades negativas que as atividades produtivas geram nos componentes ambientais. Trata-se, portanto, de uma ferramenta com grande potencial para ajudar vários setores a se moverem em direção a operações sustentáveis.

Uma boa gestão ambiental exige a implementação proativa e antecipada de ações que se estendem por todo o ciclo de vida dos projetos, tendo a natureza como elemento central. Nesse processo, será necessário obter uma compreensão profunda do ambiente ambiental e social, sua interação, relevância, projeção, riscos e ameaças, a fim de convergir de forma resiliente e como um todo para as mudanças atuais e futuras.

O país também está promovendo regulamentações que estão em sintonia com as urgências climáticas e que exigem que o setor tenha estratégias proativas para que sua gestão e governança (ESG) operem em sintonia com essa evolução.

Para empresas como a Arcadis, a crise ambiental exige que se ofereça uma consultoria abrangente e dinâmica, desde os estágios iniciais, adaptada às características e necessidades de cada setor, tendo a sustentabilidade como eixo de desenvolvimento. Isso é especialmente desafiador no Chile, um dos países com os maiores fatores de risco nesse contexto, e cujo objetivo é alcançar a neutralidade de carbono até 2050 (Lei 21.445/2022, Lei-Quadro sobre Mudanças Climáticas).

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