Continua a polêmica entre Cavialpa e MOPC

No Paraguai continuam as polêmicas entre setores relacionados à construção e o governo de Horacio Cartes (ver artigo relacionado). Dessa vez foi a Cavialpa (entidade representante das empreiteiras do Paraguai), que increpou o governo em comunicado emitido esta semana.

Nele afirmaram que até o mês de abril, o MOPC (Ministério de Obras públicas e Comunicações) executou só 5% do previsto para o ano em matéria de infraestrutura rodoviária. Também acusam o organismo de ter cancelado 12 licitações em pleno processo de detrimento da indústria da construção local, favorecendo as empresas estrangeiras por cima dos interesses nacionais. Disseram que as licitações canceladas tinham financiamento garantido a través dos títulos da dívida pública, e que por tanto não era necessário incluir empresas estrangeiras nessas licitações.

Por último, assinalaram que o governo lidera contra eles uma campanha de desprestigio “para justificar o injustificável”, e o incitaram a trabalhar em conjunto para alcançar o desenvolvimento que o país precisa e “ deixar de culpar as administrações anteriores”.

A réplica

O MOPC, também a través de um comunicado, respondeu à Cavialpa afirmando que já não “serão cúmplices da corrupção público-privada” que afirmam, levou o Paraguai a estar entre os dez países mais atrasados do mundo em matéria de infraestrutura rodoviária.

Com respeito aos títulos da dívida pública, o organismo afirmou que esses recursos foram usados para organizar a bagunça administrativa e financeira que o governo anterior deixou, e que com as licitações internacionais busca-se incentivar a eficiência e a competividade e não prejudicar a indústria da construção nacional.