Construtora Precon: Buscando a eficiência

20 February 2017

Com mais de 40 anos no mercado chileno, a construtora Precon conta com uma vasta experiência no setor, principalmente orientada à área de obras industriais, civis e de infraestrutura. Entre suas obras realizadas, destacam-se os primeiros reatores nucleares do Chile, estações de comunicação por satélite, rodovias e obras portuárias, além de centros comerciais e centros químicos e alimentícios, entre outras.

Seu gerente geral, Gabriel Barros, é claro em afirmar que a estratégia da empresa anda de mãos dadas com um serviço de qualidade profissional, uma equipe de alta qualificação, provedores de confiança e uma rápida resposta aos mandantes das obras. “Nos preocupamos em manter uma equipe bem afiada, e prestar um bom serviço aos nossos clientes. Nos preocupamos em ser uma empresa mais boutique do que estar focada em volumes, porque acreditamos que essa é a forma correta de se fazer as coisas. Não ganhamos nada em ter 30 obras e sermos ineficientes nelas. Temos uma quantidade limitada de projetos porque nos preocupamos de gerenciá-los da melhor maneira possível”, afirma.

É com essa filosofia que a Precon não mede seu próprio desempenho pelas metas de vendas; seus esforços são voltados para a busca de resultados e a eficiência nos seus projetos. “Funcionamos com entre oito e dez projetos por vez, não mais do que isso. Aqueles que sabemos que podemos fazer direito”, diz Barros. “Buscamos crescer no volume das obras mais do que na quantidade de obras. Nossa meta não é a venda, e sim fazer obras de maneira de maneira eficiente e dar bom resultado, gerando satisfação no cliente. Queremos vender confiança”, esclarece.

Presente e futuro

Segundo o executivo, 2016 foi um bom ano para a empresa. Embora reconheça que houve queda no faturamento, a empresa se manteve ocupada a toda sua capacidade. “Pensávamos que poderia ser um ano muito difícil, mas com o esforço de todos funcionou. Durante todo o ano, estivemos com as licitações mais apertadas, mas estamos contentes”, afirma.

O atual contexto da construção chilena fez com que o mercado tenha ficado mais competitivo, o que já se reflete na quantidade de ofertantes nas mais variadas licitações de projetos. Neste cenário, a Precon não participa de todos os processos. Prefere se focar naqueles projetos em que se sente segura de que vai ser competitiva e entregar valor agregado à obra.

“Temos uma coluna vertebral de prestadores de serviço com os quais temos ótima relação – porque pagamos bem e rápido – e isso traz a vantagem de que eles preferem trabalhar conosco em lugar de outras, o que nos favorece como diferencial na hora de ofertar numa licitação”, diz Barros.

E com essa filosofia o executivo enfrenta o mercado. Apesar das quedas experimentadas pela indústria da construção no Chile nos últimos dois anos. Segundo a Câmara Chilena da Construção divulgou em dezembro, o nível de investimento fecharia o ano de 2016 com queda de 0,2% em doze meses, enquanto em 2017 ele registraria nova queda de 0,1%.

“Claramente, há um problema de confiança. Em geral, muitos projetos se paralisam por algum tempo para sondar as novas condições tributárias, trabalhistas e a realidade econômica do país, de forma a ver se vão investir aqui ou em outros países. Creio que isso influiu muito na quantidade de projetos que foram a licitação. Hoje em dia já há um novo nível de confiança, há várias licitações e a tendência deve ser de melhora”, afirma Barros, embora reconheça que “não vamos ter os níveis de três ou quatro anos atrás”.

De qualquer forma, o executivo vê estes ciclos do setor como algo positivo. “Que o setor se aperte um pouco é bom, para se preocupar de queimar um pouco de gordura e buscar espaços para melhorar”, diz.

As receitas da Precon giraram em torno de US$90-US$100 milhões nos últimos anos, número que em 2016 experimentou queda de cerca de 15%, mas Barros adianta que este ano as vendas deveriam se manter. “Vamos renovando os projetos a cada oito ou nove meses. Conseguimos já alguns novos contratos, de maneira que creio que será um ano parecido a este que passou, com muito trabalho, estamos esperançosos”.

Com relação à possibilidade de buscar oportunidades no exterior, o executivo explica que “em algum momento vemos a possibilidade de nos internacionalizarmos, mas não por agora. Preferimos nos concentrar bem no mercado nacional, acreditamos que temos espaço para crescer aqui, somos bem competitivos e não tivemos problemas. Não está no horizonte próximo”.

Tecnologias

Em sua busca por mais eficiência, a Precon vem colocando especial atenção em ferramentas de produtividade de planejamento, aspecto que é considerado um ponto forte da empresa. “Sempre estamos buscando inovações na parte técnica e construtiva das obras. Sempre analisando como fazemos um canteiro melhor, tentando ser mais efetivos”, diz Barros. A companhia inclusive tem uma ferramenta digital de desenvolvimento própria, o Ipsus.

Neste sentido, a empresa já está incursionando com o sistema BIM, e atualmente conta com um canteiro que está funcionando 100% com o sistema. “É um processo complexo porque há muitos atores envolvidos e todos têm que estar capacitados e em comunicação. Custa um pouco implementar o sistema, mas nosso objetivo é poder a médio prazo trabalhar tudo com estas tecnologias”, concluiu ele. 

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