Construção vive crise em Honduras

A indústria da construção de Honduras está passando por um mal momento. Números oficiais divulgados essa semana pela imprensa do país centro-americano mostram uma queda de 12,5% interanuais no primeiro semestre na atividade empresarial do setor, além de uma queda de 20% no investimento público em obras, com relação ao primeiro semestre do ano passado.

Com esse cenário negativo, a Câmara Hondurenha da Construção reconhece que nos últimos anos cerca de 500 mil empregos se perderam no setor. Obviamente, esse número se distribui pelos setores associados a toda a cadeia de valor da construção. Ou seja, a queda de 16% no consumo de cimento entre o primeiro semestre de 2014 e igual período do ano passado contribui para esse triste resultado.

Os empresários afirmam que a economia do país estagnou, pelo que a construção residencial, que representa pouco mais de 53% da atividade no país, alcançou não mais de 388 mil metros quadrados de área construída no primeiro semestre, o que segundo a Câmara é mais de 100 mil metros quadrados de decréscimo em relação ao mesmo período do ano passado.

O governo de Honduras responde à crise da construção com uma carteira de projetos exclusivamente por meio de parcerias público-privadas. O que nesse caso não parece funcionar, de acordo com as reclamações da Câmara, porque a parte pública do financiamento de projetos não chega a se realizar. O resultado é que a maioria dos projetos de infraestrutura que poderiam voltar a mobilizar o setor não saem do papel.

A esperança do setor é para 2015, quando se espera que alguns dos projetos comecem a se realizar. Entre eles, está um programa de moradia social.