Construção venezuelana caiu 93% em dez anos

10 October 2017

É o que afirma o presidente da Câmara Venezuelana da Construção.

Juan Andres Sosa Branger

Juan Andres Sosa Branger

O Presidente da Câmara Venezuelana da Construção, Juan Andrés Sosa Branger, deu entrevista a um jornal de seu país em que afirma que a atividade do setor na Venezuela registra atualmente uma queda acumulada de 93% nos últimos dez anos.

O executivo da associação setorial fez uma análise crua sobre a situação de absoluta pobreza e insegurança econômica de seu país, e a relacionou ao contexto vivido pela indústria da construção venezuelana.

Para ele, o problema é mais amplo e sistêmico do que apenas a crise de demanda que praticamente acabou com o mercado de residências, escritórios, comércios e fábricas. Trata-se de perda geral de condições de produzir.

De acordo com Branger, a siderúrgica Sidor perdeu drasticamente sua produtividade após a estatização, e agora estaria operando a 10% de sua capacidade. Por sua vez, as cimenteiras nacionalizadas hoje produzem a 40% de sua capacidade instalada. Cerca de 10 empresas do setor industrial manufatureiro fecharam, e hoje apenas 4 mil indústrias estariam vivas na Venezuela, operando a entre 30% e 35% de suas capacidades.

“Se a isto somamos as perdas produzidas pelas empresas em mãos do Estado, a emissão de dinheiro inorgânico para financiar o gasto público, isto é o que produziu uma desvalorização galopante, que empobreceu a todos os venezuelanos, e isto leva a que os venezuelanos hoje não tenham suficiente poder aquisitivo para poder comprar coisas”, disse Branger.

Ele especificou também que os bancos venezuelanos estão totalmente descapitalizados, o que faz com que um banco possa emprestar a uma construtora apenas 10 milhões de bolívares, o que não é suficiente nem para edificar um prédio de um andar, segundo o presidente da CVC.

“Então se não têm financiamento, as pessoas não têm poder aquisitivo, não têm materiais, então o setor de construção se vê afetado; se a isso se acrescenta um marco regulatório punitivo e desincentivador, é por isso que o setor está paralisado e se perderam mais de 1,1 milhão de empregos por esta política do Estado”, disse.

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