Construção registra aumento de 5,34% em vendas no primeiro semestre

By Luciana Guimaraes09 August 2022

De acordo com dados do Senior Index, relatório da Senior Sistemas que acompanha indicadores de mercado, o setor da construção registrou um aumento de 5,34% na movimentação do mercado imobiliário no primeiro semestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano passado.

Foto: Index

Outro dado levantado aponta uma alta no Valor Geral de Vendas (VGV) dos empreendimentos no primeiro semestre do ano, com um aumento de 3,28%, correspondente a uma movimentação de cerca de R$ 9,8 bilhões de reais.

O Senior Index também apresenta indicadores referentes ao valor do metro quadrado adquirido. De acordo com a pesquisa, houve um crescimento de 7,38%, com um investimento médio a nível Brasil girando na casa dos R$ 6.931,94.

Esses dados levam em conta uma amostragem de mais de 192 empresas que atuam na construção de diversos empreendimentos dos mais variados padrões – médio e alto padrão e Casa Verde e Amarela (antigo MCMV) – e que utilizam a tecnologia da Senior Mega em diversos estados do Brasil.

Avaliação do cenário

Em 2021 o número de vendas na construção bateu recorde. Esse superávit na comercialização dos imóveis no ano passado aconteceu em virtude do bom momento do setor, que entre outros fatores, contou com uma queda representativa da taxa Selic. Se no passado as taxas de juros giravam na casa dos 12%, em 2021 foi possível financiar imóveis por menos da metade desse índice, chegando em alguns meses em 2%. Isso promoveu mais poder de compra e contribuiu para o boom de vendas.

“Em 2022 o setor da construção ainda vive alguns reflexos de 2021, contudo, o cenário é outro e o segmento começa a retornar a patamares mais realistas, com taxa Selic na casa dos 13,75%. Logo, é natural que ao longo deste ano percebamos algumas variações no volume de vendas ao fazermos esses comparativos”, explica o Head de Construção da Senior, Cleber Francischini.

De acordo com o informativo econômico da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o Índice Nacional de Custo da Construção, calculado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (INCC/FVG), no primeiro semestre de 2022 já aumentou 7,53%. Apesar da variação ser inferior à registrada em igual período do ano anterior, essa é uma das mais fortes para um primeiro semestre do ano desde 1996.

Outro dado apontado pela CBIC destaca que no mês de junho houve um aumento de 2,14% no INCC, o que corresponde a terceira maior elevação para esse mês nos últimos 28 anos. Somente em junho de 1995 (3,12%) e junho de 2021 (2,16%) as altas foram superiores. Ainda de acordo com a CBIC, em junho o custo dos materiais e equipamentos cresceu 1,07%, o custo da mão de obra aumentou 3,35% e o custo com serviços sofreu elevação de 0,68%.

“O setor da construção já vem sentindo há mais de 24 meses consecutivos as altas dos insumos. Esses valores contribuem para deixar o custo da construção em um patamar elevado. No ano passado houve como amenizar esses índices em virtude de um cenário de taxas de juros baixas, situação que não é a mesma atualmente. Logo esses custos maiores acabam migrando para o VGV e, por consequência, para o valor do metro quadrado”, explica Francischini.

No ano passado, o PIB da construção registrou uma alta de 9,7% no acumulado do ano. Foi o maior aumento registrado em 11 anos. Porém, é importante destacar que esse aumento foi em cima de uma queda de 6,3% em 2020. Para 2022, a projeção divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Sindicato da Indústria da Construção de São Paulo (Sinduscon-SP) é de que o PIB do setor tenha um aumento de cerca de 2%.

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