Construção lança campanha para enfrentar o calor nas obras

As temperaturas globais extremas provavelmente continuarão em 2024, dizem pesquisadores.

A principal causa do calor são as emissões contínuas de dióxido de carbono, principalmente vindo da queima de combustíveis fósseis. Foto: Adobe Stock by lamyai

Não está sendo fácil...uma massa de ar extremamente quente está ocasionando um aumento significativo nas temperaturas em grande parte do Brasil.

Segundo a empresa de meteorologia MetSul, as previsões apontam que as temperaturas esperadas para esta semana e a próxima deverão exceder substancialmente as médias históricas de temperatura máxima em todas as cinco regiões do país, apresentando um alto potencial para estabelecer novos recordes.

Diante da forte onda de calor, SindusCon-SP, Sintracon-SP (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo) e Seconci-SP (Serviço Social da Construção) decidiram realizar uma campanha incluindo a emissão de comunicado conjunto das entidades do setor, com recomendações para a preservação da saúde dos colaboradores das empresas nos canteiros de obras.  

A decisão foi tomada em 14 de novembro, em reunião do Fórum Permanente de Negociação, criado por Sintracon-SP e SindusCon-SP, e que contou com a participação do Seconci-SP. 

Medidas para a preservação da saúde dos profissionais nos canteiros de obras: 

  • Fornecer protetores solares, exigência prevista nas Convenções Coletivas de Trabalho. 
  • Fiscalizar se os empreiteiros estão fornecendo protetor solar. 
  • Conscientizar os trabalhadores sobre o uso adequado do protetor solar. 
  • Hidratação é fundamental! Disponibilizar, de forma regular e abundante, água potável para os colaboradores, atendendo ao disposto na Norma Regulamentadora (NR) 18: para cada 25 funcionários, deve haver um bebedouro, com água filtrada e fresca. Para utilizá-lo, o funcionário deve se deslocar menos de 100 metros na horizontal e 15 metros na vertical. Se a água for servida em recipiente, ele deve ser portátil e hermético. É proibido o uso de copo coletivo. 
  • Conscientizar os colaboradores sobre a importância de se hidratar frequentemente. 
  • Providenciar proteção para nuca e orelhas, para trabalhadores expostos ao sol. 
  • Incluir recomendações sobre estes cuidados nos Diálogos Diários de Segurança (DDSs), enfatizando: bebidas alcoólicas não hidratam, ao contrário: desidratam; uso adequado de EPIs e de protetor solar. 
  • Instalar, se possível, tendas para descanso e hidratação nas fases iniciais da obra, quando há muita exposição ao sol, na ausência de área sombreadas. 
  • Evitar superlotação dos vestiários e refeitórios, fracionando horários, como foi feito na pandemia. 
  • Instalar ventilação mecânica nos refeitórios. Climatizadores umidificadores não são recomendados, devido ao risco de umedecerem os uniformes e provocarem micoses. Adotar ventilação natural cruzada, se possível. 
  • Melhorar a ventilação nos vestiários, seguindo as disposições da NR 18. 
  • Aplicar tintas claras e reflexivas sobre as estruturas das áreas de vivência, se possível. 
  • Ajustar os horários de trabalho, se possível, para evitar exposição ao sol nas horas mais quentes do dia, a critério da empresa, principalmente entre 12h e 13h. 
  • Dar atenção especial aos colaboradores mais suscetíveis ao calor – como os que têm hipertireoidismo, diabetes, obesidade, ansiedade –, bem como a idosos e mulheres grávidas. 
  • Considerar a aquisição de novos uniformes com tecidos mais leves. 
  • Em função das fortes rajadas de vento, encunhar as estruturas com madeira até a execução definitiva da alvenaria. 
  • Impedir o acúmulo de águas paradas nos canteiros de obra, para evitar a proliferação de mosquitos que transmitam dengue, zika e a chikungunya 
  • Realizar avaliações e monitoramentos constantes das condições de trabalho, para identificar melhorias e ajustes que se façam necessários. 
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