Construção fecha 75,6 mil empregos em dezembro

O saldo entre admissões e demissões na indústria da construção registrou uma queda de 2,83% em dezembro, resultando em um déficit de 75.631 empregos em comparação com novembro. No decorrer de 2023, foram gerados 158.940 novos empregos, representando um aumento de 6,57% em relação ao contingente de trabalhadores em dezembro de 2022.

Ao final de dezembro, a construção empregava 2.579.674 trabalhadores com carteira assinada no país, de acordo com o Novo Caged. Reprodução: Freepik.com

O balanço entre admissões e demissões em todos os setores econômicos do país levou ao fechamento de 430.159 empregos em dezembro, conforme dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego em 30 de janeiro.

Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, explicou que a redução do emprego na construção ocorre sazonalmente no final do ano, quando muitos trabalhadores do setor se desligam para viajar para suas regiões de origem. No entanto, ele expressou preocupação com a Medida Provisória que prevê a reoneração da folha de pagamentos a partir de abril, alertando que isso poderia desestimular o emprego na construção e aumentar os custos das obras, prejudicando o próprio governo em suas contratações de obras e no programa Minha Casa, Minha Vida.

Em dezembro, o setor de construção foi o terceiro que mais fechou vagas, ficando atrás dos serviços e da indústria, mas à frente da agropecuária e do comércio. No ranking dos setores que mais abriram empregos em 2023, a construção ficou em terceiro lugar, superada por serviços e comércio, mas à frente da indústria e da agropecuária.

Nas atividades imobiliárias do setor de serviços (incorporação imobiliária), houve o fechamento de 555 empregos em dezembro, representando uma queda de 0,29% em relação a novembro. Ao longo de 2023, foram criados 4.352 novos empregos nesse setor.

Em relação aos estados, São Paulo liderou o fechamento de vagas, seguido por Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina, Pará, Mato Grosso, Paraná, Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul. Apenas a Paraíba apresentou abertura líquida de novos empregos.