Construção continua em queda no Chile

28 June 2017

O indicador soma oito meses em sequência de quedas, e em abril mostrou - 4,9% interanual.

Javier Hurtado Gerente de Estudios CChC

O Índice Mensal de Atividade da Construção do Chile (Imacon), elaborado pela Câmara Chilena da Construção (CChC), mostrou queda interanual de 4,9% em abril. O gerente de estudos da CChC, Javier Hurtado, afirmou que o “pobre desempenho do setor, que já acumula oito meses seguidos com variações negativas, é coerente com o escasso crescimento da atividade econômica, a insuficiente entrada de investimentos e o pessimismo entre os empresários”.

Patricio Donoso, presidente em exercício da Câmara, disse que “todas estas condições se explicam basicamente por fatores internos, como as chamadas ‘reformas estruturais’, que modificaram o sistema tributário e as relações laborais no interior das empresas. Do ponto de vista setorial, também apontaria as crescentes dificuldades para materializar projetos de investimento, que encontram todos os tipos de trava mesmo tendo suas licenças expedidas”.

Subcomponentes

A contratação de mão de obra registrou em abril uma queda anual de 1,3%, o que reflete uma contínua deterioração da qualidade do emprego no setor. Assim, no quarto mês do ano, o emprego setorial retrocedeu 7,2% em doze meses, enquanto os ocupados por conta própria aumentaram 10,1% em igual período.

O índice de vendas de provedores caiu 9,5% interanual em abril, mantendo a tendência à baixa observada nos últimos doze meses. Por sua vez, o índice de despachos de materiais, que mede a demanda por materiais de obra pesada, experimentou uma queda de 1,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, em linha com a menor provisão de concreto e cimento.

A atividade de empreiteiras gerais avançou 4,6% em abril, o que condiz com a leve recuperação da atividade de obras civis e montagens, item preponderante na composição deste indicador. A isso se soma a atividade de movimentação de terra, que aumentou apesar dos ainda baixos níveis.

A aprovação de licenças de edificação diminuiu em termos anuais, mantendo a tendência de contração observada nos primeiros meses do ano. A superfície aprovada para edificação registrou uma variação anual de – 7,5% em doze meses. Nesta ocasião, tanto as licenças com destinação habitacional como as não habitacionais observaram queda em relação aos números de um ano antes.

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Cristian Peters
Cristián Peters Editor Tel: +56 977987493 E-mail: cristiá[email protected]
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