Construção civil: setor cresce e gera mais empregos

Alta demanda facilita a contratação e Utilização da Capacidade Operacional (UCO) chega a quase 70%, maior índice em maio desde 2014

A taxa de desemprego caiu para 8,3% no trimestre encerrado em maio, tornando-se o menor resultado do período em oito anos. Dados calculados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), indicam que, em um ano, o número total de trabalhadores desocupados diminuiu 16%, fugindo do resultado previsível do mês, que há um longo período estava em queda.

Quando a construção civil vai bem, a economia brasileira acompanha o ritmo. A maior parte do que é investido no setor retorna como PIB, emprego, tributos e renda à população. A construção possui ampla capacidade de produção e de gerar milhares de postos de trabalho. Crédito: Freepik/ Freepik

Com o aumento das chances de conseguir emprego, profissões como mestre de obras, servente de pedreiro, arquiteto e até engenheiro estão sendo muito procuradas. A alta demanda facilitou a contratação do setor da Construção Civil, possibilitando que a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) chegasse a quase 70%, maior índice no mês de maio desde 2014.

O Índice de Confiança da Construção (ICST) também aumentou, alcançando 95,4 pontos em abril, o maior nível desde novembro de 2022. O resultado chamou a atenção em setores de economia e tornou a expectativa para os próximos meses bastante positiva. Para Tatiana Fasolari, vice-presidente da Fast Engenharia, maior empresa de overlays da América Latina: “O resultado atual só é possível devido ao maior investimento do setor público na infraestrutura do país, que estimula a economia e eleva o número de contrações”.

Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o valor investido por ano no setor pelo Governo Federal deverá saltar dos atuais R$ 20 bilhões para R$ 60 bilhões, e mudanças como no Programa Minha Casa Minha Vida, que ampliou a faixa de financiamento e permitiu a aquisição de imóveis no valor de até R$ 350 mil, têm potencial para aumentarem a demanda e expandirem a margem bruta operacional.

O empenho do Governo Federal na reativação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tem previsão de desembolsar R$ 240 bilhões em recursos públicos federais para os próximos quatro anos, devolvendo o otimismo dos empresários para o futuro e ampliando as vagas de emprego dentro da construção civil.

A especialista ainda ressalta que o setor cresce em demanda e em responsabilidade, conforme as necessidades da sociedade e do mercado, além de ser um ambiente de investimento econômico altíssimo, com grande representatividade na economia nacional.

“A construção civil mostrou resiliência durante o período de isolamento imposto pela pandemia de covid-19 e, neste ano, tem apresentado uma recuperação vigorosa no setor de empregos. O seu crescimento oferece oportunidades para inúmeros profissionais que buscam recolocação no mercado de trabalho e contribui diretamente para o aprimoramento do país”, finaliza.

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Cristian Peters
Cristián Peters Editor Tel: +56 977987493 E-mail: cristiá[email protected]
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