Construção chilena em queda

Segundo dados da Câmara Chilena da Construção, o setor apresentará em 2015 uma queda de investimentos de 0,6%, já em 2016 se espera uma variação praticamente nula de 0,1% em doze meses. Porém, o estudo, que foi baseado no informe Macroeconomia e Construção e apresentado no evento “Balance 2015 – Proyecciones 2016” realizado pela própria entidade, indica que para o próximo ano, pode haver uma leve variação de 1,9% a 2,1%.

Javier Hurtado, gerente de estudos da CChC, disse acreditar que isso se deve a fatores como uma menor base de comparação, menor gasto público em infraestrutura e uma elevada incerteza em torno da materialização dos projetos de investimentos registrados, principalmente aos relacionados à energia.

Em relação a 2015 o executivo sinalizou que “o retrocesso do investimento em construção se explica por um comportamento frágil da economia”. No setor habitacional, por exemplo, para o próximo ano está previsto que o orçamento de subsídios aumente em 5,4%, o que é preocupante, segundo o executivo, pois grande parte desse orçamento é proveniente de subsídios de traslado. No âmbito privado, espera-se para o setor uma retração de 15% em nível nacional e de 17,5% em nível municipal (Grande Santiago). “Em 2016 veremos o fim do efeito provocado pela reforma tributária, que gerou um importante adiantamento de compras. Portanto, a atividade imobiliária tenderá a voltar aos níveis de normalidade, já que, por exemplo, pensamos que na Grande Santiago de todas formas serão comercializadas 34.000 unidades”, finalizou.

Com respeito à infraestrutura, o estudo aponta que 2016 será marcado por restrições no orçamento público, o que se traduzirá em uma contração de 2,1%. Já o setor privado estima um gasto de US$7.817 milhões, dos quais 87% se concentra nos setores de mineração e energia. Assim, não se descartam ajustes e baixas nesse valor.