Construção argentina enfrenta contrastes em outubro

Em meio a um contexto econômico desafiador, o indicador sintético da atividade de construção (ISAC) da Argentina, elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística (Indec), revela um crescimento animador de 3,0% em outubro de 2023 em comparação com o mesmo mês do ano anterior. No entanto, o acumulado dos dez meses do ano mostra uma queda de 2,3%, indicando uma realidade mista para o setor.

Argentina Octubre 2023 (Imagen: Indec)

Tendências dos insumos

Em outubro de 2023, os dados sobre o consumo aparente de insumos de construção oferecem um quadro interessante. As tintas para construção lideram o aumento com um percentual significativo de 21,4%, seguidas por pisos e azulejos de cerâmica (9,2%) e louças sanitárias de cerâmica (9,1%). No entanto, há reduções significativas em materiais como asfalto (-5,7%) e concreto pronto (-5,2%).

A análise acumulada em dez meses revela um quadro mais equilibrado, com aumentos em mosaicos de granito e calcário (13,4%), bem como em todos os outros insumos (8,1%). Em contraste, louças sanitárias de cerâmica (-13,4%) e pisos e azulejos de cerâmica (-12,8%) sofreram quedas significativas, apontando para a mudança na dinâmica do mercado de construção.

Emprego

Os dados sobre empregos registrados na atividade de construção mostram um aumento de 6,1% em setembro de 2023 em comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado de janeiro a setembro de 2023, o aumento é de 11,2%, indicando uma tendência positiva na geração de empregos no setor privado.

Perspectivas e desafios

A pesquisa qualitativa da construção civil desenvolvida pelo Indec revela expectativas desfavoráveis para o período de novembro de 2023 a janeiro de 2024. 62,3% das empresas envolvidas em obras privadas preveem que o nível de atividade permanecerá inalterado, enquanto 31,1% preveem uma diminuição. Entre as empresas focadas em obras públicas, 54,5% preveem uma redução, apontando para desafios imediatos.

As empresas que preveem uma redução identificam a queda da atividade econômica (30,1%) e a instabilidade de preços (29,6%) como os principais fatores. A instabilidade de preços (27,1%) e os atrasos na cadeia de pagamento (26,4%) são as principais preocupações das empresas focadas em obras públicas.

As expectativas sobre o tipo de obras a serem realizadas nos próximos três meses divergem entre as empresas de obras públicas e privadas. Montagem industrial (15,5%) e edifícios industriais (15,0%) lideram as preferências no setor privado, enquanto as obras de estradas e pavimentação (22,4%) dominam na área de obras públicas.

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