Construção ainda em queda no Chile
25 October 2017
Porém, números negativos começam a ficar menores.
O Índice Mensal da Construção do Chile (Imacon), elaborado pela Câmara Chilena da Construção (CChC), registrou nova queda em agosto, desta vez por 4,1% interanuais. Apesar de negativo, o número é uma queda menor em relação às consecutivas quedas recentes do setor naquele país.
O gerente de estudos da associação, Javier Hurtado, afirmou que “este resultado é coerente com o efeito das menores bases de comparação e com as expectativas menos pessimistas por parte dos empresários da construção, em relação ao observado até agosto do ano passado”. O presidente da instituição, Sergio Torretti, disse que “um ano com números negativos na construção é um claro reflexo de que a perda de um consenso sobre as bases para continuar crescendo como país nos afetou profundamente. Não apenas aos construtores, mas a todos, porque a construção de menos projetos de investimento é menos produtividade, menos emprego, menos oportunidades e menos confiança no futuro. Por isso agora devem ser reconstruídos grandes acordos pelo desenvolvimento, nos quais as parcerias público-privadas são essenciais”.
O índice de vendas de provedores retrocedeu 5,9% no mesmo período, mantendo a tendência à baixa de seu crescimento interanual observado nos últimos 12 meses. Enquanto isso, o índice de despachos de materiais, que percebe a demanda de materiais de obra básica, caiu 7,9% interanuais, o que foi consistente com o menor fornecimento de concreto e cimento na comparação com 2016.
A atividade de empreiteiras generalistas avançou em agosto 0,3% interanual, número inferior ao observado no mês anterior. O resultado reflete o menor dinamismo na atividade de obras civis e montagens, item preponderante na composição deste indicador, e a menor atividade de movimentação de terra. Mas a queda deste sub-componente foi em parte compensada por maiores faturamentos provenientes das obras para o comércio.
A aprovação de licenças de edificação aumentou em termos interanuais, revertendo gradualmente a tendência à baixa observada nos primeiros meses do ano. A superfície aprovada para edificação registrou assim uma variação anual de 21,5%. Nesta ocasião, tanto as licenças com destino habitacional como as não habitacionais perceberam alta em agosto.