Construção chilena tem queda de 2,4% em agosto

O setor da construção chileno continua se desacelerando e agosto foi seu décimo-terceiro mês consecutivo de contração. O dado foi anunciado pelo gerente de estudos da Câmara Chilena da Construção (CChC), Javier Hurtado, que disse que “em agosto, o Índice Mensal da Atividade da Construção (IMACON) recuou 2,4% em doze meses, cifra que acentua as quedas observadas em junho e julho desse ano (-1% e -1,2% anual, respetivamente)”. Dessa forma, nos primeiros oito meses do ano o indicador acumula um aumento de 0,9%, muito por baixo de sua média histórica de 4,8% anual.

Na mesma linha da deterioração da confiança empresarial do setor construção e as taxas de crescimento mais baixas da atividade agregada, não se descartam novas contrações do IMACON dos próximos meses.

Indicadores

Entre os fatores que conformam o índice, o executivo mencionou a variação negativa, durante agosto, de 4,5% anual na contração de mão de obra, “a maior queda do emprego setorial desde março passado e que significou uma perda de 31.000 postos de trabalho em doze meses, o que confirma o ciclo contrativo que está vivendo o setor”, assinalou.

Em relação com a demanda de materiais para a construção, o índice de despachos físicos industriais experimentou uma queda de 21,5% em doze meses, coerente com as menores importações e despachos de cimento. Por sua vez, a venda real de fornecedores mostrou uma contração de 2% anual.

Se bem a atividade de empreiteiros gerais aumentou em média 2% anual em agosto, continua desacelerando-se e, em geral, anotou uma queda de 0,4%.

Em contraste com o anterior, as licenças de edificação (medidas em m² e expressadas em média móbil de três mese), tiveram um importante avance de 22,8% anual e 4,4% mensal.

Dado esse contexto, Jorge Mas, presidente da Câmara Chilena da Construção afirma que “como grêmio nos preocupa a reativação do setor e a geração de empregos. E para que isso aconteça é chave, primeiro, que o orçamento público se execute sem atrasos, eliminando toda trava burocrática, e segundo, que se consolide um ambiente propicio para o desenvolvimento da atividade privada, que é responsável do 80% do PIB e do 90% do emprego nacional”.