Construção chilena se paralisa

O ano pode terminar com queda na atividade de construção de 0,7% no Chile, de acordo com o balanço anual da Câmara Chilena da Construção, recém divulgado. Seria a primeira cifra negativa do setor desde 2009.

O retrocesso se explicaria pelo aumento pequeno no investimento anual em infraestrutura (0,6%) e uma queda em 12 meses no investimento no rubro Moradia (-3,6%). No que se refere à atividade imobiliária, a queda do investimento em 2014 foi generalizada: -9,5% na moradia pública e -1,6% em projetos privados.

Segundo Javier Hurtado, gerente de estudos da CChC, “os números refletem a desaceleração experimentada pelo setor desde o fim de 2013 que é fruto, principalmente, do menor investimento produtivo privado no país”. O mercado de trabalho também tem sido afetado. Em setembro, o nível de emprego na construção registrou dois trimestres consecutivos de queda interanual, razão pela qual o desemprego no setor terminará o ano em 10,5%.

Enquanto isso, a projeção para 2015 é de crescimento de 0,6% anual, com alguns avanços desiguais no que diz respeito a projetos públicos e privados. A CChC prevê que pelo segundo ano consecutivo o investimento em infraestrutura produtiva privada terá contração, retrocedendo 0,9% no ano que vem, enquanto o investimento público em infraestrutura poderia passar por um aumento importante de 14,6% em 2015.

Em relação à construção imobiliária privada, o Chile deverá comercializar cerca de 60 mil unidades no ano que vem, o que representaria uma queda de 3,9% em relação a 2014.