Conflito contratual nas obras do metrô do Chile
15 October 2014
A administração do metrô de Santiago do Chile pôs fim antecipado a um dos contratos de expansão de sua rede, com a construtora Metro 6 Limitada, pertencente à firma italiana Salini Impregilo. A decisão se produziu devido a atrasos, de acordo com a mandante da obra.
A construtora estava a cargo da construção dos trechos 1 e 2 da nova linha 6 do metrô da capital chilena, extensão que corresponderá a 6 estações da nova linha. De acordo com a empresa administradora da rede subterrânea, a empreiteira não cumpriu os prazos prometidos em sua proposta técnica, recebeu as multas cabíveis mas se manteve em situação de atraso.
A decisão é de suspender seu contrato e repassá-lo automaticamente a uma das demais empresas construtoras que têm contrato para a obra de ampliação do metrô de Santiago. A rede chilena de metrô atualmente constrói as linhas 3 e 6.
Em resposta à decisão do Metrô de Santiago, a Metro 6 a qualificou como “arbitrária e ilegítima”. Pôs a culpa pelos atrasos na própria contratante, que supostamente teria feito alterações ao projeto original em consequência de achados arqueológicos e problemas de ordem geológica. A empresa afirma que sua parte na obra tem 58% de avanço, e que para a conclusão de um dos túneis que escava faltariam apenas 39 metros.
O comunicado oficial da Salini Impregilo afirma que os problemas apontados como causa do atraso que o metrô alegou para rescindir o contrato estavam sob consideração de uma arbitragem independente.
Além disso, a empresa disse que não aceitou acelerar as obras, como supostamente lhe havia requerido a contratante, por razões de segurança dos 1,1 mil trabalhadores contratados. Por isso, a empresa diz esperar que o Metrô de Santiago reconsidere sua decisão.