Concreto automatizado

15 September 2017

Como a empresa Command Alkon está aumentando a lucratividade de concreteiras com sistemas digitais.

Indumix

Um dos fabricantes de central na América Latina que usam os sistemas de automatização da CommandAlkon é a argentina Indumix.

O crescimento de longo prazo de empresas que trabalham em setores intensivos de capital e altos custos, como é o caso das provedoras de concreto, depende das margens de lucro operacional. A operação não apenas deve gerar fluxo de caixa para manter o negócio funcionando, mas tem, além disso, que gerar riqueza a cada ciclo de trabalho.

Portanto, qualquer nova tecnologia que promova o aumento das margens de lucro deve receber as boas-vindas dos produtores de concreto. Proporcionar às concreteiras exatamente esta vantagem é a missão da CommandAlkon, empresa de origem norte-americana que tem operação mundial e que, na América Latina, mantém escritórios no Brasil e na Colômbia.

Com uma variedade de softwares de controle, a CommandAlkon promete reduzir custos operacionais no fornecimento de concreto, apostando tudo na automatização dos processos, informação em tempo real e controle de utilização de insumos.

De acordo com Rafael Diaz, gerente do escritório brasileiro da empresa, uma concreteira latino-americana típica pode se beneficiar dos softwares da CommandAlkon integrando ao menos duas de suas soluções: os sistemas betonMIX e CommandConcrete, que trabalham integrados. “O sistema betonMIX tem foco na gestão e relatórios de produtividade, enquanto o CommandConcrete tem foco sobre a frota de betoneiras”, diz o executivo.

Despachos

“Estes sistemas são responsáveis por todo o ciclo de venda e despacho de uma concreteira, desde o momento em que a obra faz o pedido até a descarga e o retorno à central. Com medições dos tempos de programação e deslocamento da frota de betoneiras, eles conseguem fazer com que a concreteira despache mais metros cúbicos com menos recursos”, afirma.

Todo o sistema está baseado nos custos fixos da betoneira. “Temos uma estatística de que uma betoneira custa 1 dólar por minuto, para ou rodando. Se o sistema ajuda a que o caminhão esteja mais tempo em operação, está ajudando a ganhar mais dinheiro. Há casos de clientes que reduziram o custo em 19%: tinham 100 caminhões entregando 800 m3, e depois de instalar o sistema passaram a entregar os mesmos 800 m3 com 80 caminhões. Tudo porque o sistema permite reduzir o tempo de ciclo em ao menos dez minutos. Dez minutos vezes oito despachos são oitenta minutos. É um despacho a mais feito com o mesmo caminhão, sem colocar mais um em operação”, esclarece Diaz.

Por outra parte, a CommandAlkon oferece o sistema betonTEC para o controle de qualidade dos corpos de prova dos concretos produzidos. Seu foco principal é apoiar a atuação dos laboratórios.

“O software betonTEC permite ao engenheiro que compôs o traço controlar a sua qualidade ao longo de todo o processo. Com este sistema, pode-se comprovar exatamente a curva granulométrica, o fator água cimento, a quantidade de pedra, o ponto da curva de Abrams desejado, ou seja, tudo o necessário para que a central consiga produzir um concreto com um desvio padrão muito baixo”, diz o executivo da CommandAlkon.

Assim, o a ideia principal do betonTEC é dar ao engenheiro um grau de controle que lhe permita desenvolver misturas com menos cimento, compensando-o com outros elementos, como, por exemplo, aditivos. Rafael Diaz afirma que há clientes seus que estão usando até oito aditivos em suas misturas de concreto.

“Permitimos que o concreto tenha resistências maiores usando menos cimento, alterando as areias, as doses de agregados e o conjunto de aditivos. Todas as informações do traço ficam guardadas no sistema, e ficam disponíveis para consulta por qualquer cliente final”, diz.

Por isso, além do controle da rotina de deslocamento das betoneiras com seus softwares de controle remoto, a empresa ataca outro grande problema da indústria de concreto: a rejeição do concreto nas obras. Segundo Diaz, hoje no Brasil cerca de 10% das betoneiras são rejeitadas em canteiros de obra por qualidades de traço diferentes daquelas especificadas.

“Com a implementação dos sistemas de automatização, isto se reduz a 1%, porque você tem como comprovar ao cliente que o concreto está bem feito”.

Centrais

Ali onde está o coração da produção de concreto, mas centrais, os programas da CommandAlkon proveem ainda mais possibilidades de mudar a realidade econômica de uma concreteira.

Rafael

Rafael Diaz, gerente de CommandAlkon.

Se pelo lado da logística se reduzem os tempos de ciclo, e pelo lado dos traços se reduzem as rejeições de betoneira, nas centrais o enfoque é todo sobre os insumos. O objetivo é controlar melhor as quantidades dosadas para reduzir os desvios padrão que consomem mais material do que o necessário.

“Nesse caso, o software que temos é o CommandBatch, que elimina 100% da intervenção huaman no processo. Hoje em dia, no Brasil e muitos outros lugares, as centrais são operadas manualmente com balanceiros abrindo e fechando as comportas de insumos. Com o nosso sistema, a única coisa que o balanceiro faz é apertar um botão. A partir desse momento, o sistema controla as comportas, aeradores, vibradores, controla tudo reduzindo o desperdício ao mínimo”, afirma.

E os resutados em termos de desvio padrão que Diaz afirma ter conseguido em centrais de clientes são de fato impressionantes. Enquanto a norma brasileira permite um desvio padrão máximo de 3%, com o CommandBatch os clientes conseguem desvios padrão de até 0,3%.

“Temos clientes que baixaram seus gastos com cimento em cerca de R$ 35 mil num ano. Só com isso, o sistema se paga”, diz o executivo.

A estrutura de custos de uma concreteira, tipicamente, tem seus gastos mais altos no diesel das betoneiras e no cimento. Qualquer aporte tecnológico que permita alguma redução destes custos será necessariamente significativo.

No caso da automatização operacional das concreteiras, como propõe a CommandAlkon, os resultados prometidos são importantes. A empresa afirma que seus clientes obtêm, por exemplo, 5% mais quantidade entregue por motorista de betoneira, 15% mais pontualidade nos despachos, 40% menos de tempo de espera em obra, 15% mais de utilização de frotas, entre outros resultados positivos.

Em um cenário de dificuldades econômicas, menor demanda por concreto e menos grandes obras de infraestrutura, o preço do concreto tende a cair. Mas não necessariamente os preços das matérias primas. Como manter seu negócio vivo, como manter sua rentabilidade? Os sistemas de automação podem ser uma resposta.

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Cristian Peters
Cristián Peters Editor Tel: +56 977987493 E-mail: cristiá[email protected]
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