Como utilizar os resíduos para o cimento?

A indústria de cimento da Colômbia é uma das quatro escolhidas mundialmente pela Global Cement and Concrete Association (GCCA) como candidata a um piloto das Nações Unidas para acelerar o caminho rumo à neutralidade de carbono do concreto até 2050.

Procemco

O problema atual da vida útil dos aterros sanitários existentes e da emissão de milhões de toneladas de metano pode ser mitigado pela implementação de iniciativas de economia circular que incluem a transformação de resíduos urbanos em combustíveis, uma técnica amplamente utilizada no mundo, mas que não tem sido suficientemente disseminada na América Latina. Por exemplo, na Colômbia, 20% dos resíduos destinados a aterros sanitários poderiam ser utilizados para produzir cimento.

“Todos os dias vemos problemas relacionados com a inadequação dos aterros sanitários. Os países mais bem-sucedidos na solução deste problema implementaram uma série de soluções, uma das quais é o tratamento de resíduos comuns como papel, papelão, tecidos, plásticos, madeira ou pneus, para serem usados como combustível em fornos de cimento, evitando que sejam enterrados durante anos”, explicou Manuel Lascarro, diretor geral da Câmara Colombiana de Cimento e Concreto (PROCEMCO).

Hoje, na Colômbia, quatro fornos de cimento podem gerar este tratamento de resíduos, substituindo 7% dos combustíveis fósseis tradicionais para a fabricação deste material de construção.

Para Lascarro, “nenhuma indústria é capaz de atingir a neutralidade de carbono por si só”. São necessárias ações concretas dos governos para desenvolver os conceitos de economia circular em setores que, como cimento e resíduos, podem gerar soluções para a sociedade. Na Colômbia, é urgente atenuar o problema da falta de aterros sanitários”.

A indústria de cimento colombiana busca a neutralidade de carbono

É importante mencionar que o setor cimenteiro colombiano é uma das quatro indústrias mundiais escolhidas pela Global Cement and Concrete Association (GCCA) como candidata ao piloto que busca acelerar as metas de neutralidade de carbono no concreto até 2050.

“É um reconhecimento da forma técnica em que a indústria do país vem trabalhando há anos nestas questões, com indicadores claros e metas precisas para a redução de suas emissões”, disse o diretor geral do PROCEMCO.

Estas questões serão tratadas no fórum “Economia Circular e Gerenciamento de Resíduos Urbanos - Progresso, Viabilidade e Uso de Combustíveis Derivados de Resíduos (RDF)” a ser realizado como parte da Reunião de Cimento e Concreto PROCEMCO’22, em 21 de setembro em Cartagena de Índias, com o apoio do Ministério da Indústria e Turismo, da Corporação Financeira Internacional (IFC) do Grupo Banco Mundial, do Escritório Comercial Austríaco na Colômbia (Advantage Austria), da Associação Global de Cimento e Concreto (GCCA) e da Federação Interamericana de Cimento (FICEM).

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