Como evitar acidentes de trabalho?

13 June 2022

Coluna de Santiago Suares del Mestre, Graduado em Higiene e Segurança e Gerente Técnico da Libus.

Santiago Suares del Mestre, Licenciado en Higiene y Seguridad y Responsable Técnico en Libus Santiago Suares del Mestre, Licenciado em Higiene e Segurança e Gerente Técnico da Libus (Foto: Libus).

Em qualquer canteiro de obras, há inúmeras precauções que devem ser levadas em conta para evitar acidentes e ferimentos. Nesses contextos, as políticas de segurança são fundamentais para minimizar o risco de acidentes, pois promovem um ambiente de trabalho controlado e controlado.

De janeiro a dezembro de 2020-2021, foram registrados mais de 28.000 casos de acidentes de trabalho no país (Argentina), 40% dos quais ocorreram em Buenos Aires. Os setores mais afetados foram a indústria manufatureira (11%), a construção (10%), o transporte e o armazenamento (8%). As partes mais afetadas foram: membro inferior (14.000 casos relatados), sistema cardiovascular (13.000 casos), membro superior e cabeça (4.000).

Como pode ser reduzida a probabilidade de um acidente de trabalho?

Os EPI são aqueles dispositivos utilizados para criar uma barreira física contra o risco e, desta forma, prevenir casos de acidentes que levam à incapacidade e até mesmo à morte. Exemplos incluem capacetes, proteção ocular, proteção respiratória, luvas e sapatos de segurança. Na Argentina, a lei obriga os funcionários a usá-los a fim de protegê-los de possíveis lesões. Para isso, é essencial fazer uma boa análise de risco e determinar qual EPI é apropriado para cada tarefa.

Seu uso é regulamentado pela Res. SRT 299/11, que regulamenta o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual certificados para todos os trabalhadores. Estes devem ser fornecidos pelo empregador e em algumas categorias devem ser certificados pelo IRAM (Instituto Argentino de Normalización y Certificación), um organismo certificador reconhecido pela Secretaria de Comércio. Da mesma forma, a Resolução 896/99 estabelece a certificação obrigatória de EPI, indicando que os produtos devem exibir em local visível, gravado ou aplicado de forma indelével, o SELO “S” junto com o do organismo certificador (IRAM ou UL).

Abaixo, revisamos os EPIs mais comumente utilizados:

Proteção do crânio: essencial para evitar lesões no crânio ou cérebro, que podem ser causadas por: queda de objetos, golpes com objetos afiados e até salpicos de substâncias químicas ou metais fundidos na cabeça, olhos e rosto.

Luvas: protegem as mãos de furos, arranhões, cortes e/ou queimaduras, geralmente do manuseio de materiais ou ferramentas. Podem ser feitos de poliéster, couro, nylon ou nitrilo (entre outros), e geralmente são reforçados com outros componentes para maior proteção. Há um modelo diferente para cada atividade.

Calçados de segurança: para proteção adequada dos pés, recomenda-se calçados de segurança com biqueira de metal ou PVC. Estes sapatos protegem o pé contra a queda de ferramentas ou outros elementos pesados. Eles devem ser fortes e solidamente construídos, com proteção para os dedos dos pés, cordões na sola e boa aderência para evitar deslizamentos.

Proteção auditiva: usado em ambientes ruidosos para proteger o sistema auditivo. Há duas opções: o modelo endoaural (tampões para uso interno) e o modelo de copo (para uso externo). Os primeiros devem ser sanitizados toda vez que são usados, e há até mesmo tampões descartáveis para os ouvidos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), expor o ouvido a altos níveis de ruído (superior a 85 decibéis) pode causar perda auditiva ou perda progressiva da audição, portanto o uso de proteção é obrigatório para as pessoas que trabalham neste contexto.

Proteção dos olhos/face: é recomendado para proteger os olhos e prevenir lesões oculares resultantes da intrusão de partículas, salpicos de líquidos corrosivos, ácidos, metal fundido, pós e radiação gerada pela luz visível, ultravioleta e infravermelha. Existem três tipos de proteção: óculos de proteção, óculos de proteção e protetores faciais, que cobrem desde a testa até o queixo. Em termos gerais, eles se diferenciam pelo impacto energético ao qual resistem: baixo, médio e alto, respectivamente. É importante notar que todos eles são feitos de policarbonato óptico, o que significa que devido à sua composição absorvem 99% dos raios UV presentes.

Proteção respiratória: é fundamental para evitar a inalação de poeira, partículas e outros fumos que possam ser gerados durante o processo de fabricação de um produto ou no contexto de um canteiro de obras. Na construção seca e na armação de aço, é comum encontrar poeira ao cortar placas de gesso cartonado para paredes ou tetos, ou ao manusear lã de vidro. A inalação de poeira inorgânica no ambiente de trabalho, por longos períodos de tempo, pode causar várias doenças respiratórias. Estes incluem pneumoconiose, rinite, etc., e nos casos mais extremos podem causar morbidade e mortalidade. O uso de purificadores de ar motorizados/não-motorizados, que podem ser classificados como descartáveis/reutilizáveis, é especialmente indicado em atmosferas perigosas.

É importante observar que o uso de EPI não isenta a implementação de medidas de segurança coletiva como sinalização, proteção em painéis elétricos, extintores de incêndio ou condições adequadas em áreas comuns de circulação ou de armazenamento de material. Pelo contrário, elas complementam essas disposições e tornam o ambiente de trabalho mais seguro para todos.

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