Com obstáculos, construção boliviana cresce

10 March 2014

Bolivian Flag

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A Câmara Boliviana da Construção calcula que o ano de 2014 continuará a tendência positiva registrada no último exercício, e projeta um crescimento entre 8,5% e 9%. O resultado obtido pelo setor em 2013 foi de 7,6%.

O déficit habitacional na Bolívia é apontado como fator decisivo para o incremento da construção no país. Além disso, já se sentem os efeitos da nova política de créditos para moradias de baixo custo, anunciada pelo governo nacional no segundo semestre do ano passado.

De acordo com essa política, as moradias de interesse social são divididas em três faixas de valor, e a cada uma delas se aplica uma taxa de juros fixa. Para as moradias de menor custo, as taxas são de 5,5% enquanto as do nível maior têm taxas anuais de 6,5%. Com isso, se produziu uma certa estabilidade que promete resultar em aumento da demanda, e em consequência disso, mais construção de novas moradias.

O sistema bancário boliviano contabiliza atualmente um total de 1.179 créditos ativos para este tipo de moradia, totalizando um montante emprestado ao mercado de US$ 43,5 milhões.

Infraestrutura

Mas na Bolívia o ano é de eleições. Isso significa que o setor da construção espera investimentos públicos mais importantes em infraestrutura. De fato, já se anunciam desde alguns meses alguns projetos de infraestrutura pública, principalmente obras rodoviárias.

As obras de construção ou manutenção de estradas representam ao redor de 58% de todo o investimento de infraestrutura na Bolívia.

O maior fator de incerteza para a construção boliviana em geral, mas que afeta de maneira mais forte as obras de infraestrutura, é a dependência dos insumos importados.

O país não é produtor de aço de construção e derivados de siderurgia, assim como também não faz o asfalto que necessita para suas estradas. Isso faz com que as flutuações de preços internacionais castiguem o mercado nacional com mais força.

Presença estrangeira

A forte presença de empresas de construção não bolivianas nos investimentos de infraestrutura nacionais é outro problema considerado pela indústria local. Nada menos do que 60% da carteira de obras públicas do país está em mãos de construtoras internacionais. O motivo apontado para isso é que as empresas bolivianas não podem aceder a garantias bancárias internacionais, e por isso às vezes perdem as licitações. Além disso, os representantes da Câmara reclamam um aumento dos preços pagos às construtoras na mesma proporção dos aumentos à mão de obra e dos insumos.

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