Colômbia se prepara para o túnel mais longo da América Latina

Foi apresentada à Agência Nacional de Infraestrutura (ANI) a iniciativa público-privada na fase de viabilidade para a construção e operação do segundo túnel da Linea, o corredor rodoviário que liga o interior da Colômbia com os portos do Oceano Pacífico. O megaprojeto da concessão, que vai de Calarca (Quindio) a Cajamarca (Tolima), foi submetido à ANI como parte do modelo financeiro da iniciativa, sem recursos públicos.

“Este será o túnel rodoviário mais longo do continente americano com um comprimento de 11 quilômetros e permitirá as exportações colombianas para a bacia do Pacífico com um nível mais alto de competitividade internacional. Ao mesmo tempo, permitirá que a Colômbia continue a se posicionar no estado da arte da construção de túneis globais”, disse o engenheiro Hildebrando Rojas Calderón, diretor sênior da China Harbour Engineering Company (CHEC).

O consórcio Segundo Túnel é liderado pela empresa asiática (com uma participação de 90%), que atualmente está desenvolvendo a Primeira Linha do Metrô de Bogotá e os projetos PPP da Autopista del Mar2 na Colômbia.

“Este mega-projeto é um marco histórico para as empresas de construção chinesas, pois é a primeira iniciativa público-privada que elas apresentaram no exterior”, disse Rojas. Dada a geografia colombiana, o projeto apresenta uma série de complexidades e o tempo estimado de construção é de 72 meses, embora o engenheiro esteja otimista e avise que as equipes de construção estão avaliando alternativas para desenvolvê-lo em tempo recorde.

Sem dúvida, o reconhecido prestígio mundial do esquema PPP colombiano permitiu a cristalização deste tipo de iniciativas e investimentos, para o desenvolvimento de grandes projetos de modernização da infra-estrutura regional. De fato, o editorial www.construcaolatinoamericana.com/news/colmbia-pavimentando-o-futuro/8020637.article destacou o fato de que a infra-estrutura na Colômbia consolidou uma política estatal de longo prazo e tem sido uma parte fundamental das agendas presidenciais nos últimos anos.