Colbún atualiza portfólio de projetos com forte foco no crescimento

Na sexta edição do Investor Day, a Colbún apresentou sua Agenda Estratégica e seus planos para 2030, que incluem um forte aumento nos projetos de energia renovável e armazenamento.

A sexta versão do Investor Day da Colbún foi realizada na quinta-feira, 7 de dezembro, com a presença de representantes de bancos de investimento, corretoras, fundos institucionais e AFPs.

Na apresentação aos investidores, o CEO da Colbún, José Ignacio Escobar, atualizou o portfólio de projetos da empresa, onde a mudança mais relevante corresponde a um aumento significativo no armazenamento, que em 2030 chegará a 1,6 GW, um número que se compara aos quase 600 MW considerados na apresentação do Dia do Investidor em 2022. A proposta de crescimento da Colbún para a década atual também inclui 1,9 GW de parques eólicos e 1,8 GW de usinas fotovoltaicas.

José Ignacio Escobar José Ignacio Escobar, CEO de Colbún. (Foto: Colbún)

Escobar explicou que “para conseguir uma maior penetração das energias renováveis, fornecendo energia segura e limpa 24 horas por dia, 7 dias por semana, o armazenamento deve desempenhar um papel fundamental. Por esse motivo, estamos promovendo nosso portfólio de projetos nessa área, a fim de estarmos preparados para implementá-los conforme a demanda de nossos clientes e do mercado, e é muito importante que haja sinais regulatórios para gerar uma estrutura regulatória adequada para realizar essas iniciativas”.

O executivo também indicou que a empresa buscará adicionar entre 3.000 MW e 4.000 MW de nova capacidade até 2030, dobrando sua capacidade instalada e estimando que entre 70% e 80% serão de energia renovável.

Presença internacional

A Colbún projetou um crescimento de mais de 50% no EBITDA até 2030. De fato, de acordo com a empresa, ele crescerá dos atuais US$ 700 a US$ 800 milhões para cerca de US$ 1,2 bilhão, com um peso aproximado de 15% a 20% do negócio de geração no Peru e em outros países e aproximadamente 5% a 10% de contribuição de outras oportunidades de negócios. “A inclusão de novos mercados, fora do Chile e até mesmo fora da América Latina, pode nos permitir expandir nosso potencial de crescimento e diversificar nosso portfólio. Daremos prioridade a mercados que ofereçam uma estrutura regulatória que dê segurança aos investidores, estabilidade política, experiência no setor e que ofereçam oportunidades”, disse Escobar.

Em termos de novos negócios, o CEO da empresa detalhou que haverá muitos projetos de dessalinização em larga escala e com múltiplas finalidades no Chile, pois “a demanda por água dessalinizada é uma condição básica para projetos industriais. Todos os projetos de mineração estão se convertendo em água dessalinizada”. Ele previu uma perspectiva semelhante para o hidrogênio, onde, no consumo doméstico, eles estão trabalhando com vários clientes que buscam transformar seus processos de produção com hidrogênio. E acrescentou que, em termos de exportação, “estamos apostando na amônia para lugares do mundo que não podem ser eletrificados diretamente e precisam de combustível limpo. Estamos trabalhando com a Sumitomo em projetos no extremo norte e sul (...) e aqui estamos competindo com o Chile, a África do Sul e a Austrália, que podem produzir amônia de forma competitiva para abastecer o mundo. É uma oportunidade gigantesca que queremos capturar aqui em Colbún”.

Projeto Horizon

Durante a reunião com investidores, foi registrado um progresso de 71% na construção do parque eólico Horizonte, localizado em Taltal, na região de Antofagasta. Com uma capacidade de 816 MW e 140 turbinas eólicas, cada uma com uma potência de 5,83 MW, é o maior parque eólico em construção no Chile e o segundo maior da América Latina.

O projeto, que já conta com 37 turbinas instaladas, envolve um investimento total de aproximadamente US$ 900 milhões e gerará uma média anual de 2.450 GWh, equivalente ao consumo de mais de 715.000 residências e à retirada de 255.000 veículos das ruas a cada ano.

“A implantação de energia renovável representa uma oportunidade para o Chile, mas também um desafio. Por um lado, podemos avançar rapidamente em direção à descarbonização de nossa matriz energética e, por outro, devemos garantir que essa transição energética seja realizada com um senso de responsabilidade social, consultando adequadamente as comunidades, envolvendo-as no desenvolvimento de projetos para que gerem valor local e definindo conjuntamente como tornar o uso do território compatível com outras finalidades. Acreditamos com orgulho que o projeto Horizonte responde adequadamente a esses dois desafios e, além de posicionar Antofagasta como a região com a maior capacidade eólica do Chile, será um passo muito relevante na transição energética do país”, disse Escobar.

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