Cimentos cada vez mais verdes

19 April 2021

regulaA fim de aderir à sustentabilidade na indústria de cimento, várias empresas do setor adotaram certas medidas e produtos verdes que merecem destaque. Assim, com o objetivo de reduzir as emissões de carbono, Cimentos Argos, por exemplo, tem um estoque de produtos verdes que, nas palavras da empresa de cimento, representam 18% de sua carteira atual.

Os cimentos verdes Argos têm uma redução de 35% nas emissões de CO2 em comparação com o cimento Portland tradicional e são produzidos nas fábricas de Rio Claro e Sogamoso na Colômbia e na fábrica de Piedras Azules em Honduras. “Estamos cientes dos desafios que a sustentabilidade representa na área da construção e de como é exigente escolher os materiais e serviços adequados. Para facilitar este trabalho, selecionamos produtos que, pelo seu design, produção e desempenho, se destacam por contribuir para a adaptação às mudanças climáticas e à economia circular”, explicou María Isabel Echeverri, vice-presidente jurídica e de sustentabilidade da Cimentos Argos.

Também olhando para a redução de emissões, a cimenteira colombiana está trabalhando no uso de argilas calcinadas e combustíveis alternativos, o que, segundo a empresa, em 2020 significou uma substituição de 6,2% no consumo calórico dos combustíveis, reduzindo assim as emissões. Ao mesmo tempo, em 2020 a Argos aumentou sua frota de veículos elétricos ou a gás em 50% e também se aventurou na captura de CO2 com microalgas em sua fábrica em Cartagena, ao norte da Colômbia.

Enquanto isso, a Holcim Colômbia, uma subsidiária da francesa LafargeHolcim, optou pelo sistema Ecolabel em seus sacos de cimento. “Cada selo especifica essa redução no CO2, em comparação com um OPC (cimento Portland comum). Para o cimento Boyacá Super Fuerte, a maior demanda no mercado colombiano é de 40% e chega a 50% para o caso do Cemento Maestro para alvenaria”, comentou Marco Maccarelli, Presidente Executivo da Holcim Colômbia.

Deve ser lembrado que, no final do ano passado, a empresa de cimento franco-colombiana introduziu o ECOPact, uma linha de concreto desenvolvido com uma redução entre 30-50% das emissões de CO2 em comparação com cimento convencional. Enquanto eles têm produtos ECOPact Prime que atingem níveis de redução de até 70%, conforme o comentado pela empresa. Ainda, eles apontam, existe um ECOPact Max que ultrapassa 70% na redução de emissões. Nesse sentido, Maccarelli destacou que cerca de 40% de seu portfólio está vinculado a baixas emissões.

Os mexicanos Cemex, por sua vez, também apresentam uma oferta que visa reduzir as emissões poluentes. Sob os auspícios de sua linha de produtos Vertua, em 2020 eles lançaram um produto de cimento que reduz e compensa as emissões em 30 a quase 100%. Vale lembrar que, da própria Cemex, foi anunciado que todos os cimentos de uso geral e estrutural apresentam redução de pelo menos 15% nas emissões, em comparação aos cimentos convencionais.

Da empresa mexicana de cimento eles enfatizam que 96% do cimento que produzem tem algum tipo de redução nas emissões. Além disso, eles argumentam que, nos últimos meses, 45% do cimento vendido foi da linha Vertua. Em particular, este tipo de cimento para alcançar sua baixa pegada é combinado com certos compostos minerais.

Ao mesmo tempo, a Cemex também trabalha em outras estratégias para reduzir as emissões, pois lamentam que 20% do combustível utilizado para iniciar seus fornos venha de resíduos agrícolas ou do setor de geração de energia. Outro desafio é que, em consonância com o Acordo de Paris, a Cemex quer reduzir suas emissões líquidas em 35% até 2030 e ser neutra em carbono até 2050; como proposto pela Argos, que busca reduzir suas emissões líquidas em 29% até 2030 e também quer ser neutra em 50.

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Cristian Peters
Cristián Peters Editor Tel: +56 977987493 E-mail: cristiá[email protected]
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