Chile precisa investir US$ 58 bilhões, diz CChC

A Câmara Chilena da Construção (CChC) divulgou seu informe Infraestrutura Crítica para o Desenvolvimento 2014-2018 essa semana. O documento afirma que se o Chile quer manter seu nível de competitividade e oferecer a seu povo serviços em nível de um país que se aproxima do desenvolvimento, deve investir nada menos que US$ 58 bilhões nesses quatro anos.

O relatório determina quantidades desse capital total que se consideram fundamentais para conseguir bons avanços em diferentes áreas da infraestrutura chilena. Além disso, calcula que esse investimento poderia ser alcançado mediante um aporte de 54% do Estado e 46% do setor privado, ainda que em caso de que se estimulem as concessões a participação privada poderia ser maior.

Em proporção ao PIB chileno, a proposta da CChC é que o país invista 5% de seu Produto em infraestrutura anualmente. O programa apresentado essa semana divide essa visão em nove setores da infraestrutura nacional, sugerindo investimentos para cada um.

Os setores mais carentes de investimento, de acordo com a patronal da construção chilena, são os de vias e transporte urbano, que deveria receber quase US$ 22 bilhões em quatro anos, e vias interurbanas, que deveria receber US$ 10 bilhões no mesmo período. A energia também é um ponto crítico, e a CChC pede investimentos de pouco mais de US$ 11 bilhões.

Em seguida vêm recursos hídricos e infraestrutura hospitalar, ambas com US$ 3,6 bilhões. Em ferrovias, a entidade calcula que deveriam ser investidos US$ 2,6 bilhões, enquanto os portos deveriam receber quase US$ 2,7 bilhões, e em aeroportos seria necessário US$ 1,4 bilhão. Por fim, o sistema carcerário chileno reclamaria investimentos de US$ 609 milhões para fazer frente às necessidades atuais.

“Para que tenhamos uma infraestrutura acorde ao nível de crescimento do país e às necessidades das pessoas, é necessário que ela seja considerada como uma política de Estado. Somente assim se poderá contar com um planejamento de longo prazo”, disse o presidente da Câmara Chilena da Construção, Daniel Hurtado.