Cemec-Fipe revela: construção civil e agricultura arrebatam investimentos

Os setores de construção civil e agricultura foram responsáveis por dois terços do aumento da produção de bens de capital entre 2019 e 2021, segundo estudo do Centro de Estudos de Mercado de Capitais da Fipe (Cemec-Fipe).

“Atualmente, no Brasil, há um quadro que não é muito favorável ao investimento. É um cenário com muita incerteza, além de uma expectativa de crescimento do país muito fraca para esse ano e para os próximos. São fatores que, em princípio, não estimulam o investimento. O aumento das taxas de investimento que ia ser 3,5% foi de 2%. O estudo busca entender quem está fazendo investimentos no país. Ao fazer esta pesquisa com 472 empresas de capital aberto, foi possível verificar dois setores que chamam a atenção: a parte de construção civil e de agronegócio”, explica Carlos Antonio Rocca, coordenador do Centro de Estudos de Mercado de Capitais da Fipe (Cemec-Fipe).

Aumento de investimentos na construção civil

De acordo com Rocca, na área de construção civil habitacional e materiais de construção, os indicadores foram obtidos, principalmente, a partir do setor de cimento e aços longos, que são tipicamente os principais componentes. Já na parte de construção de obras públicas, também é levado em consideração o indicador de asfalto.

“No caso da construção civil, o principal fator que permitiu um aumento muito forte da demanda e, consequentemente, uma ampliação de oportunidades e aumento da construção civil habitacional, foi realmente a queda da taxa de juros. Especialmente devido ao fato de que ela reduz o custo do financiamento para o comprador e também para o empreendedor. Tipicamente, especialmente na construção de apartamentos e edifícios, o grupo empreendedor utiliza o próprio terreno como garantia. A grosso modo, ele financia 70% da construção. Do ponto de vista do financiamento da produção imobiliária, essa queda da taxa de juros é muito importante. Do lado do consumo, do comprador, você tem uma queda significativa do custo financeiro, isto é, do financiamento. Foi basicamente isso que fez com que nós avançássemos”, aponta Rocca.

Ao mesmo tempo, algo que chamou atenção em 2021 e deve se repetir ao longo deste ano é que estados e municípios tiveram uma folga de recursos, até em própria função da inflação que melhorou rapidamente a arrecadação.

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