CBIC rejeita novo ciclo de créditos públicos
28 January 2016
Diante da possibilidade de um novo ciclo de crédito público facilitado como instrumento de estímulo à economia do país, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção, entidade que representa as construtoras do país, divulgou posição contrária à repetição dessa política.
Segundo a CBIC, o momento exige que o Estado corte os gastos fixos que as leis e as políticas sociais determinam, e que terminam por consumir o orçamento público sem deixar fôlego financeiro para novos investimentos. Assim, a entidade não crê que os anúncios de mais créditos pelo BNDES funcionarão.
E isso com o governo federal acenando com destinar a maioria deste novo ciclo de créditos para o setor de construção, devido a que este foi um segmento econômico que perdeu mais de 400 mil empregos em 2015 e sua reativação poderia gerar um forte impulso e novos empregos.
Essa posição foi a que a CBIC anunciou que defenderia no chamado Conselhão, o órgão consultivo recriado por Dilma Rousseff, que tem nas mãos a responsabilidade de discutir a retomada econômica do país.
A posição do governo federal já é conhecida desde antes da primeira reunião: estabelecer créditos públicos por cerca de R$ 50 bilhões.
Para o presidente da CBIC, José Carlos Martins, “o Brasil vive uma crise de credibilidade e não tem prioridades bem definidas. Não tem dinheiro para investimento por que a máquina consome a maior parte das receitas. É preciso reverter esse quadro. O governo já usou o crédito como política de desenvolvimento e não deu certo. O crescimento virá pelo investimento e, para isso, é preciso rever o tamanho do Estado e suas prioridades”.