CBIC reage com agenda positiva

21 March 2016

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Enquanto o cenário de paralisação da construção no Brasil gera perdas para todos os segmentos da indústria, e a profunda queda econômica do país se perpetua ao tom de uma crise política que parece sem fim, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção decidiu levar a frente uma agenda positiva.

A entidade que representa as construtoras brasileiras reuniu em sua sede em São Paulo executivos dos principais bancos públicos e financiadores de projetos para discutir os caminhos imediatos para não acabar de vez com o investimento em infraestrutura.

Estiveram presentes na CBIC executivos do Banco do Brasil, do BNDES, da Caixa Econômica Federal e do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço.

Como se sabe, estes são os principais agentes de financiamento da infraestrutura no país. Cada um dos executivos ali presentes detalhou os orçamentos que mantêm para retomar o investimento em infraestrutura no Brasil.

Ficou claro que há dinheiro disponível, mas a incerteza gerada pela crise política e a falta de projetos mais consistentes de parte da iniciativa privada e órgãos de governo vêm deixando o setor em compasso de espera.

De acordo com o representante do BNDES, Nelson Siffert, “o gargalo da infraestrutura não está no financiamento, e sim na estruturação de bons projetos”.

Por sua vez, a representante das construtoras reafirmou que sua aposta está nas concessões e parcerias público-privadas. “Está clara a necessidade de um diálogo permanente e entre o setor e os agentes públicos para construir modelos que garantam a participação cada vez maior das empresas nas concessões e PPPs”, disse o presidente da comissão de obras públicas da CBIC, Carlos Eduardo Lima Jorge.

Pelas contas apresentadas pelos agentes de financiamento, o Brasil tem por investir cerca de R$ 800 bilhões até 2018. Mas ainda que este capital esteja disponível os bancos públicos, sua execução depende de uma longa lista de fatores, entre os quais os muitos ritos da administração pública.

Para o caso das concessões e PPPs, contrariamente ao que se poderia pensar, os ritos burocráticos costumam ser ainda mais complicados do que os de obra pública, entre outros motivos pela necessidade de apresentação de garantias bancárias pelos entes privados e pela aprovação de projetos.

Não obstante, as participações privadas são consideradas por muitos como o único caminho para manter os investimentos em infraestrutura num contexto de paralisia das iniciativas governamentais por intensos problemas políticos.

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