Canal da Nicarágua muda projeto e recebe apoio
10 June 2014
A empresa chinesa concessionária do projeto de construção e posterior administração do Canal da Nicarágua, a HKND, mudou o megaprojeto aprovado no país centro-americano. Retirou-se do projeto a construção de um dos dois aeroportos anteriormente prometidos e se acrescentaram outras estruturas.
Tal como está agora, o Canal da Nicarágua estará composto do seguinte: dois portos, um aeroporto, zonas francas, uma ferrovia, um oleoduto (todas estruturas que estavam no projeto original) e mais uma central elétrica, uma fábrica de cimento, uma fábrica de aço e instalações relacionadas a estas últimas.
De acordo com a concessionária, o orçamento não mudou, e portanto segue em US$ 40 bilhões. A concessão à HKND feita por meio de uma lei na Nicarágua é de 50 anos de operação, prorrogáveis por mais 50 anos.
Calcula-se que as obras do Canal da Nicarágua comecem ao final do ano e que em 2020 ele seja entregue e entre em operação. A promessa é que a estrutura possa comportar mais capacidade naval que o Canal do Panamá, atualmente a principal conexão marítima entre os oceanos Pacífico e Atlântico.
Apoio
Uma das mais destacadas empresas de transporte marítimo e logística do mundo, a dinamarquesa Maersk, manifestou seu apoio à construção do Canal da Nicarágua.
“Construir um canal na Nicarágua parece fazer sentido. Ele está projetado para receber os maiores navios e além disso economiza cerca de 800 quilômetros numa viagem entre Nova York e Los Angeles”, disse à imprensa o chefe de operações da Maersk, Keith Svendsen.
As palavras do executivo dinamarquês foram obviamente muito bem recebidas na Nicarágua, onde se coloca uma grande esperança na construção do canal interoceânico como uma guinada na direção do desenvolvimento do país.