Brasil tem 4.669 obras paradas
By Fausto Oliveira10 April 2019
CBIC encomendou diagnóstico do estado atual do PAC. Há R$ 135 bilhões de investimento inertes no país.
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) encomendou um estudo à consultoria Brain a respeito do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), lançado pelo governo federal no início desta década com a promessa de investir bilhões em muitas obras de infraestrutura de todo tipo. A ideia do estudo era identificar quantas de tais obras estão hoje paradas e qual o andamento delas.
A consultoria encontrou uma realidade de 4.669 obras do PAC estão paradas no país, com diferentes níveis de etapas concluídas, em diferentes regiões do país e com diferentes finalidades. O valor total investido pelo Estado até hoje nestas obras inacabadas é de R$ 65 bilhões, e o total (somando-se os montantes já investidos com o que ainda se deveria investir) é de R$ 135 bilhões.
Na área de infraestrutura, o estudo da consultoria encontrou 1.420 obras paradas, com 646 projetos de saneamento, 130 obras de pavimentação, 92 relacionadas a recursos hídricos e o restante em urbanização e prevenção de acidentes em áreas de risco.
Também foram identificadas 969 obras de pré-escolas e creches públicas para crianças de entre 0 e 5 anos. Na área de infraestrutura de saúde pública, 1.709 novas Unidades Básicas de Saúde esperam a conclusão de suas obras.
A consultoria tomou uma amostra de 1.000 projetos do total de 4.669 verificados, e conseguiu extrair uma estatística de andamento das obras paralisadas.
Da amostra, 183 obras têm até 10% de andamento concluídos; 196 obras estão entre 11% e 30%; 165 obras estão entre 31% e 50%; 168 obras estão entre 51% e 70%; 158 obras estão entre 71% e 90%; e por fim há 130 obras que estão entre 91% e 100% de andamento já concluídos.
O vice-presidente de Infraestrutura da CBIC, Carlos Eduardo Lima Jorge, afirmou que a retomada destes projetos poderia contribuir com 500 mil novos empregos no país. “Hoje temos 13 milhões de desempregados. A construção é altamente empregadora e tem muita capilaridade. Podemos transformar a tempestade perfeita na oportunidade perfeita”.
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