Bolívia terá reator nuclear

O governo da Bolívia em associação com a empresa russa Rosatom firmaram recentemente um convênio para a construção de um Centro de Investigação Nuclear na cidade boliviana de El Alto, vizinha à capital La Paz e situada a 4 mil metros do nível do mar. Supõe-se que este é o primeiro passo do programa atômico com fins civis do país andino, anunciado há dois anos.

O presidente Evo Morales declarou durante o ato de acordo, celebrado na cidade que sediará o reator, que a Bolívia, apesar de ser o único país latino-americano que não contava com instalações do tipo, agora terá o centro nuclear maior e mais moderno da região e também tem direito a ter um centro de investigação de energia nuclear.

O projeto vai requerer um investimento de US$300 milhões e contempla um reator nuclear de investigação de baixa potência, um centro de cíclotron-radio-farmácia, uma planta multitarefa de irradiação, um laboratório de investigações nucleares e capacitação e outras instalações para investigação energética, médica e agroalimentar, as quais ocuparão 15 hectares.

Os convênios já foram assinados pelo ministro boliviano de Hidrocarburos e Energia, Luis Alberto Sánchez, pelo diretor geral da Rosatom e pelo ex primeiro ministro russo, Sergei Kiriyenko, e deverão ser ratificados pelo poder Legislativo e pelo Governo em um prazo máximo de duas semanas.