Bolívia estuda opções para porto fluvial

O projeto de construir um porto fluvial na fronteira da Bolívia com o Brasil – e ainda próximo ao Paraguai – deverá ter um projeto finalizado dentro de seis meses. O projeto definirá as características do Puerto Busch, no rio Paraguai. Ali hoje funciona uma base militar boliviana, pois a área é pantanosa (no território conhecido como Chaco). A imprensa boliviana afirma que uma das opções para o porto (que viria a facilitar as exportações bolivianas pelo Atlântico) é ser integrado a uma ferrovia. Se for adotada, a opção poderá requerer investimentos de US$ 585 milhões.

Há uma segunda opção estudada que não contempla a construção de um porto, e sim duas estradas, o que dividiria a execução em duas etapas. A primeira delas seria a construção de 35 km com investimento de US$ 52 milhões, e uma segunda fase que poderia custar outros US$ 58 milhões, e consistiria numa estrada de 113 km.

Uma terceira opção é considerada a mais atrevida. Seria construir um canal navegável de 80 quilômetros. Este projeto demandaria um investimento de US$ 880 milhões, e, diferentemente dos demais, não conta com licenças ambientais.

O caminho a seguir será escolhido por um conselho técnico e jurídico integrado pelo Ministério das Relações Exteriores, da Economia, de Obras Públicas e outros órgãos do Estado boliviano. Da parte dos entes privados, a Confederação dos Empresários Privados da Bolívia e a Federação de Empresários Privados de Santa Cruz também participarão dos debates, com o objetivo de dentro de seis meses se defina qual projeto se vai licitar.

Embora não haja definição ainda sobre o tipo de terminal que Puerto Busch será, o certo é que será uma infraestrutura multipropósito com capacidade de carga de 10 milhões de toneladas, que poderá armazenar e dar saída para cargas de grãos, minérios, hidrocarbonetos, líquidos, fertilizantes e manufaturados.