Bolívia pode reconsiderar hidrovia Ichilo-Mamoré

O governo boliviano, já na gestão de Luis Arce, está reestudando a realização da hidrovia Ichilo-Mamoré, que pode demandar investimentos de até US$ 70 milhões.

A hidrovia teria uma extensão de 1,4 mil km, e pode ser uma nova conexão da Bolívia com o Brasil.

Dentro da Bolívia, a hidrovia facilitaria a conexão entre Cochabamba e os departamentos da região ocidental do país, possibilitando melhor conexão com saídas ao Atlântico. De acordo com a Câmara da Indústria, Comércio e Serviços de Cochabamba, “as exportações bolivianas serão beneficiadas, já que os produtos que saem pelo Pacífico demoram 60 dias para chegar aos mercados da Europa, enquanto pelo Atlântico a demora é de apenas 35 dias”.

O Brasil por sua vez poderá levar produtos de exportação pelo Pacífico. A câmara diz que o Brasil paga hoje US$ 100 por tonelada de soja exportada aos mercados asiáticos pelo Atlântico, e demora 67 dias, e se optar por uma rota no Pacífico através do porto de Arica, no Chile, o custo por tonelada cairia para US$ 36 e o prazo seria de apenas 38 dias.

O projeto

Além da hidrovia e a consequente dragagem (com calado de três metros) no rio Ichilo, o projeto prevê a construção de três portos. Além disso, prevê a compra das barcaças para o transporte de carga.