Bogotá busca fórmulas para financiar metrô
30 October 2014
A construção do esperado metrô da cidade de Bogotá tem dificuldades. O projeto, para o qual em um início contemplou-se investimentos de US$3,5 bilhões, já está em de mais de US$ 7 bilhões. O custo elevado fez com que as autoridades nacionais e regionais buscassem alternativas de financiamento.
O prefeito da cidade, Gustavo Petro, afirmou que “o metrô de Bogotá é financiável”, e ante o Senado propôs algumas opções. Na Colômbia, por lei, o Governo Nacional pode financiar até 70% dos projetos de transporte massivo. O prefeito pretende por tanto, que só 30% dos recursos provenham da própria cidade.
Petro sugeriu que os custos sejam divididos em três partes: túnel subterrâneo (o metrô não terá trecho em superfície) com custos de US$3,6 bilhões, estações, no valor de US$2,5 bilhões, e finalmente o material rodante, com investimento de US$1,35 bilhão.
Para diminuir os custos do investimento, o prefeito propôs que parte dos recursos provenham dos proprietários de automóveis, através de dinheiros pagos por estacionamentos e impostos de combustível. Também sugeriu que parte do valor da futura passagem seja destinado ao financiamento das obras de construção. Por último, Petro assinalou que é possível a obtenção de recursos através dos ganhos de capital dos terrenos próximos ao projeto e pela própria exploração comercial das estações.
Apoio
O Governo Nacional manifestou seu apoio ao projeto, no entanto só em janeiro será comunicado oficialmente o plano de financiamento e a colaboração do Estado.
Maria Constanza García, secretaria de Transportes, assegurou que “o Governo Nacional confirmou seu apoio ao projeto Metrô e sua disposição para executá-lo. Vem agora uma grande etapa que é a da estruturação financeira, então o seguinte passo é definir as fontes de financiamento e a viabilidade”. E agregou que “esperamos que quando os estudos sejam validados, nos sentemos com o Banco Mundial”.
O metrô de Bogotá contará com 28 estações e 40 trens num percorrido de 26,5 quilômetros. Estima-se que sua construção vai demorar cinco anos, razão pela qual se espera que o sistema entre em funcionamento a partir de 2021.