As demandas construtivas do pós-pandemia

11 June 2020

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Ricardo Fernandez, presidente do CES

Vivemos tempos difíceis. Em muitos aspectos, tivemos que nos adaptar. Talvez nós precisássemos deste choque de realidade. No setor de construção, vínhamos pensando há tempos sobre como realizar obras mais confortáveis e seguras, tanto para os nossos trabalhadores como para os usuários. Mas a pandemia nos empurrou da reflexão para a ação.

A forma de projetar e construir os espaços, definitivamente, vai mudar: teremos que melhorar a produtividade, acelerando a penetração de sistemas construtivos personalizados, a fim de minimizar a os tempos de execução in situ e a quantidade de pessoas por metro quadrado na obra, pois será a melhor maneira de reduzir os riscos.

Sem as tecnologias e os sistemas pré-fabricados, somados a uma integração precoce das especialidades envolvidas nos projetos, avançaremos a passos de tartaruga. Além disso, os edifícios de uso público terão que mudar a sua distribuição interna, contando com elevadores acionados por pedais, áreas de lavagem de mãos na entrada dos escritórios, estações de sanitização e muitas outras inovações.

A qualidade do ar interior, a iluminação, o condicionamento térmico, a reciclagem e o cuidado da água serão preocupações constantes. Passamos muito tempo dentro de edifícios, pelo que uma arquitetura e uma construção precedidas de um bom projeto, com ênfase nos ambientes interiores, eficiência energética e desempenho passivo, serão elementos cruciais. Por isso, não estranha que as solicitações pela certificação CES estejam aumentando tão rapidamente.

Um hospital com boa visão da área externa encurta o tempo de recuperação do paciente em mais de 5%, razão suficiente para construi-lo com bastante iluminação natural. Esta característica é igualmente importante em uma instalação educacional, pois melhora a aprendizagem em cerca de 10%. Além disso, uma ótima qualidade de ar aumenta a produtividade em torno de 11%.

Investir em uma certificação CES representa apenas 0,3% do valor do projeto em construção, e gera cerca de 30% de economias em consumo energético, retorno muito atrativo para qualquer investidor. Além disso, um edifício certificado reduz em 30% as emissões de CO2 equivalente, comparado a um edifício padrão.

Não podemos esperar mais. Contratantes, imobiliárias e profissionais do setor devem se apropriar do modelo de certificação não apenas para melhorar o conforto, mas também para aumentar a vida útil do projeto e diminuir os custos de operação que, agora mais do que nunca, devemos otimizar.

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