Argentina vai destravar importações

Uma importante mudança para o setor de comércio de equipamentos industriais e outros bens de capital na América do Sul está prestes a acontecer na Argentina. O governo do presidente Mauricio Macri confirmou para 31 de dezembro o fim da Declaração Jurada Antecipada de Importação, a DJIA.

Isso significa que a partir de 2016 todos os países voltarão a poder exportar para a Argentina sem ter que preencher uma série de requisitos burocráticos que desde janeiro de 2012 põem muitas travas de acesso ao mercado do país, que tem 40 milhões de habitantes e uma economia que é a segunda da América do Sul.

A medida dos anos kirchneristas na Argentina foi de proteção ao produto nacional, contra o importado. Mas ao longo dos anos mostrou-se um instrumento que provocou danos a ambos os lados do comércio da Argentina com o mundo.

Por um lado, muitas empresas tiveram que deixar de participar do mercado argentino, ou diminuir sua participação. Mas também aconteceu que empresas nacionais deixaram de ter acesso a bens de importação necessários para manter sua produção de bens.

O isolamento comercial somado a um problema de desvalorização do peso argentino, jamais reconhecido em sua totalidade pelo governo anterior, deixou a Argentina em má situação de reservas internacionais, com pouca capacidade de pagamento e endividamento para mobilizar sua atividade industrial.

Agora se espera que o fluxo comercial de bens industriais volte com vigor à Argentina, o que pode ajudar setores econômicos intensivos em consumo de bens de capital, como é o caso da construção.