Argentina tem problemas na construção de represas
29 July 2014
A possibilidade de que a Argentina não cumpra suas obrigações com seus credores, poderia pôr em risco o empréstimo de US$4,71 bilhões que a China lhe outorgou para a construção de duas represas em Santa Cruz. Mesmo que o consórcio de bancos que fez o empréstimo não necessariamente tome esse caminho, as bases do contrato permitem a suspensão do crédito ao país e inclusive exigir seu pagamento total de maneira imediata. Segundo o contrato, um default argentino aos credores externos que exceda os US$25 milhões já permitiria aos orientais tomar essas medidas.
Para a construção das represas serão destinados US$6 bilhões no total, entre o empréstimo chinês e capitais argentinos, segundo publicou o Boletim Oficial da Nação da Argentina.
Do capital chinês, US$3 bilhões serão investidos na obra da construção, os US$1,71 bilhão restantes, segundo especifica o contrato, devem destinar-se à compra de equipamentos chineses. É o chamado “conteúdo mínimo chinês”.
O contrato também estipula que se há custos maiores aos previstos nas obras, estes devem ser financiados pelo Estado, e se os trabalhos são suspensos ou abandonados, os chineses poderão continuar cobrando.
Expropriações
No entanto, o perigo de perder o empréstimo dos orientais não é o único problema que enfrentam os argentinos em relação a esse assunto. Mais de dez expropriações que somam 47.000 hectares devem ser feitas antes do início dos trabalhos para permitir a construção de ambas as represas.
Como os processos judiciais de expropriações costumam ser demorados, O Fiscal do Estado Da Província, Iván Saldivia, fará uma apresentação de urgência nos juizados correspondentes com o objetivo de agilizar o processo e acelerar o início das obras.