Angra 3 pode piorar situação de construtoras

19 April 2016

Angra3

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Uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) pode colocar em situação ainda pior as principais construtoras brasileiras, através de uma possível declaração de inidoneidade oriunda de prática de cartel para ganhar a licitação das obras da usina nuclear Angra 3.

O TCU identificou fraudes na licitação da usina, motivo pelo qual mandou suspender as obras e ameaça com a inidoneidade. Se isso vier a acontecer, sete construtoras podem ficar impedidas de assinar quaisquer contratos com o poder público durante cinco anos.

Elas são a Odebrecht, UTC, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Tachint e Empresa Brasileira de Engenharia.

O edital de licitação de Angra 3 dividiu o projeto em dois pacotes de obras. Do total de 54 empresas convidadas a participar, 12 construtoras, divididas em quatro consórcios, participaram da licitação. Mas apenas dois consórcios chegaram à etapa final. Inevitavelmente, cada um venceria um dos pacotes de obras.

Não obstante, após as vitórias no processo, os dois consórcios se juntaram, formando o consórcio Angramon. As sinergias resultantes disso poderiam gerar para o erário uma economia de 17%, de acordo com o TCU. Mas os preços das construtoras caíram apenas 6%. Por isso, o TCU calcula que o prejuízo aos cofres públicos foi de R$ 550 milhões.

Angra 3 é um projeto muito antigo, e a atual licitação começou em 2009. Até hoje, o projeto já consumiu pouco mais de R$ 7 bilhões. Há pouco mais de seis meses, as obras já estão praticamente paralisadas, devido à falta de fudos públicos para levar adiante.

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