Altos e baixos

11 December 2012

Com demanda aquém do esperado e um crescimento (previsto) da economia de apenas 1,57%, o ano de 2012 não retomou o ritmo agressivo que animou o setor brasileiro de equipamentos para construção há dois anos. No último ano, a Linha Amarela registrou um avanço apenas moderado de 9%, o que já foi considerado decepcionante pelo mercado. Mantendo-se no mesmo nível, o resultado deste ano tende a ser de crescimento zero.
Essas são as previsões otimistas, pois para os pessimistas o faturamento pode até registrar uma retração de 10%. Os fatores são conhecidos: mesmo com os pacotes de estímulo do governo, os constantes atrasos e mudanças de calendários de grandes obras pesam contra uma expansão mais acelerada, do mesmo modo que os processos morosos com aeroportos e ferrovias, que demoram a sair do papel. Além disso, os preparativos para os megaeventos esportivos ainda não surtiram o efeito esperado, sendo que uma minoria de empresas está sentindo um impacto relevante em seus negócios relacionado às obras em questão.
Dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) mostram que, no primeiro semestre, o volume de equipamentos vendidos caiu 6,9%. Máquinas para grandes obras de infraestrutura, como escavadeiras e pás carregadeiras, caíram respectivamente 8,5% e 8,1%. Apenas equipamentos de menor valor, como retroescavadeiras, subiram em volume, com alta de 5,8%.
Mas tal cenário, evidentemente, também está relacionado ao contexto internacional, que não mostra sinais de recuperação em alguns dos principais mercados. Segundo o “barômetro do mercado”, publicado pela CECE (Committee for European Construction Equipment), 21,8% das empresas europeias registraram queda nas atividades desde o início do ano. O declínio na Europa, segundo estimativas do Off-Highway Research, deve chegar a 3% este ano (119 mil unidades).
O caso da China é mais surpreendente, pois o mercado de máquinas para construção teve uma queda acentuada de 37% (aproximadamente 196 mil unidades vendidas) na primeira metade do ano, podendo registrar uma retração de 30% ao final do ano. Guindastes (-45%), escavadeiras hidráulicas (-41%) e carregadeiras de rodas (-35%) foram os setores mais afetados.

Mais Positivo
Mas nem todos os índices são tão desanimadores. Na América do Norte, as principais fabricantes reportaram crescimento significativo nas vendas ao final do primeiro semestre, sendo que estimativas sobre a base anual sugerem crescimento entre 15% e 25%. À parte o tradicional segmento da Linha Amarela, o mercado de guindastes e o setor de britadores e peneiras puxam a alta.
Voltando à Ásia, os fabricantes esperam que na Índia o crescimento seja de 15% a 16% em 2013, quando o governo começará a implantar o 12º plano quinquenal, que prevê investimentos de US$ 1 trilhão em infraestrutura. A própria China, segundo analistas, deve se recuperar rápido e crescer 10% no segmento no próximo ano.

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