Alacero estima aumento do consumo de aço na América Latina

O crescimento no consumo será impulsionado pela maior participação das importações extrarregionais.

A Alacero, Associação Latino-Americana de Aço, que reúne a cadeia de valor do aço na América Latina, promoveu o Alacero Summit nos dias 8 e 9 de novembro, reunindo mais de 700 executivos do setor para discutir desafios, oportunidades e analisar o panorama geral da indústria e sua relação com o mercado regional.

A previsão da Alacero para 2023 aponta um aumento de 2,4% no consumo de laminados em comparação com 2022, totalizando 71Mt, enquanto a produção local deve registrar uma queda de 7,5%, totalizando 58Mt.

No acumulado, que considera os meses de janeiro até julho, o indicador é de 41,91 milhões de toneladas, valor 2,9% acima do mesmo intervalo do ano anterior. Foto: Alacero

O crescimento no consumo será impulsionado pela maior participação das importações extrarregionais, que representaram 31% (21,2 Mt) em 2022 e devem atingir 34% (24,3 Mt) em 2023, um aumento de três pontos percentuais.

Comparando com 2022, as exportações devem diminuir em 2,6 Mt, alcançando 7,9 Mt, enquanto as importações aumentarão em 2,1 Mt, totalizando 26,5 Mt. Esses números evidenciam uma forte atividade extrarregional na cadeia, com 88% do aço consumido na América Latina proveniente de importações extrarregionais entre 2015 e 2023, devido a assimetrias competitivas que afetam a oferta local.

Durante o Alacero Summit 2023, foi destacado um risco iminente relacionado ao comércio desleal proveniente do mercado chinês, que continua sendo a principal origem do aço extrarregional importado, representando 29%. Isso reflete-se nas ações antidumping abertas na América Latina no primeiro semestre de 2023, sendo 63% delas direcionadas contra a China.

Alejandro Wagner, diretor executivo da Alacero, ressalta a importância de uma abordagem justa, considerando que, embora a América Latina produza aço com uma pegada de carbono 15% inferior à média global e 30% inferior à da China, uma parte significativa do aço consumido na região provém do país asiático em condições que não refletem um mercado justo.

Os dados coletados pela Alacero e pela worldsteel indicam que, em 2022, a média global de CO2 emitida por tonelada de aço bruto foi de 1,91t, enquanto na China foi de 2,24t e na América Latina foi de 1,55t, representando uma redução de 7% em relação ao ano anterior.

A construção continua liderando os setores de maior consumo de aço em 2023, com 48,5%, seguida pelo setor automotivo com 17,5%, produtos de metal com 14,5%, máquinas mecânicas com 13,3%, equipamentos eletrônicos com 2,9%, uso doméstico com 2,5% e outros transportes com 0,9%.

Quanto ao balanço de 2023, a previsão para o México é um aumento de 9,7%, após um declínio de 2% em 2022. O Brasil deve apresentar uma queda de 1,5% em 2023, após uma queda de 10,6% em 2022. A Argentina, que teve um crescimento de 1,2% em 2022, espera uma diminuição para 0,7% em 2023, enquanto a Colômbia, que registrou uma queda de 13,7% em 2022, projeta um aumento de 2,4% em 2023.

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